23 de março de 2016

Um quickbread do Jamie


Ao passear pelo blog "As Receitas lá de Casa", da Maria João, dei com uma receita de um pão rápido, um quickbread, portanto, que me deixou de imediato em transe. Adoro receitas destes pães rápidos, que se fazem com iogurte e bicarbonato de sódio e, por isso, não necessitam de fermentação (encontram algumas deliciosas no "Anasbageri"). Adoro pães de centeio e adorei o facto de a Maria João ter adaptado a receita ao robot de cozinha. Não que não seja necessário o robot de cozinha para estas massas tão práticas, mas às vezes sabe bem simplesmente deitar todos os ingredientes no copo da Bimby e deixá-la trabalhar. 
A receita vem do livro "Receitas Saudáveis" do Jamie Oliver, que mal sabia eu que havia de acabar na minha estante (por enquanto ainda paira entre a mesinha de cabeceira e o sofá) por via de uma prenda de Natal atrasada, mas repito-a aqui, por mão da Maria João a quem segui o exemplo juntando as sementes e acrescentei as passas que, naturalmente, acabaram meio moídas pela Bimby no meio da massa com um resultado maravilhoso. 

Ingredientes:
250 gr. de farinho de trigo integral
100 gr. de farinha de centeio
50 gr. de floco de aveia
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 colher de chá de sal grosso
1 colher de sementes de girassol (acrescento da Maria João)
1 colher de sementes de linhaça (acrescento da Maria João)
1 mão cheia de passas de uva (acrescento meu)
1 ovo grande
2 iogurtes naturais



Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180º e prepare um tabuleiro polvilhando-o com farinha (usei uma forma retangular).
Numa taça bata o ovo com os iogurtes e reserve.
Coloque os ingredientes secos numa taça grande e envolva bem.
Junte a mistura de ovo e iogurte e misture com a ajuda de um garfo. Quando a massa começar a ficar mais coesa, cabe de amassar com as mãos ligeiramente enfarinhadas. Em alternativa use a bimby: 10 segundos/vel. 5/1 minuto/Espiga.
Transfira a massa para uma forma retangular (ou faça como o Jamie: use um simples tabuleiro, dando-lhe a forma que quiser e achatando-o até ficar com 3 cm de altura), dê uns golpes leves com uma faca e leve a cozer durante 35-40 minutos.
para verificar se o pão está pronto, bata com os nós dos dedos por baixo, se o som for oco está cozido.
Deixe arrefecer sobre uma grelha.

20 de março de 2016

Quando o Domingo é dia de cozido...



O cozido à portuguesa é um prato simples, farto e inteligente. Simples pelo modo de confecção, que o trabalho que dá prende-se com a quantidade de ingredientes a preparar, farto pela quantidade de ingredientes e inteligente porque com o que necessariamente acaba por sobrar podemos fazer mais umas quantas refeições. 

A quantidade de ingredientes e o diferente tempo de cozedura leva à necessidade de gerir os tachos e panelas que vamos utilizar. Como não gosto das orelheiras e afins, que, juntamente com os enchidos, são a grande fonte de problemas deste prato que, no resto, é bem nutritivo, cozo estes elementos à parte (às vezes dou meia cozedura à morcela com a carne de vaca, para dar mais sabor à água que vai sobrar, mas acaba sempre de cozer juntamente com o porco e a farinheira) e descarto a água de cozedura no final. Já quanto à carne de vaca e de frango o caso muda de figura.

A carne de vaca vai à panela de pressão e quando já está quase pronta, abro a panela e retiro  a água necessária para fazer o arroz (2 chávenas de água para 1 de arroz), junto-lhe as batatas, as cenouras, a couve e o nabo. Por esta ordem, de modo que a batata e a cenoura, que demoram mais a cozer, ficam submersas (ou quase) pela água e a couve e o nabo, mais sensíveis, praticamente cozem ao vapor. Ainda assim, convém vigiar para que o nabo não vire puré. Se não couber tudo na panela segue o que exceder para o tacho onde o frango coze. 

Noutro tacho vai a cozer o frango, que por causa da pele vai largar mais gordura. Quanto ao caldo que resta podem juntar uma cebola, uma cenoura, um talo de aipo e umas ervas aromáticas e deixar cozer, coar e guardar num recipiente de vidro no frigorífico até ao dia seguinte, ou simplesmente guardar assim mesmo no tal recipiente de vidro e no frio de um dia para o outro. No dia seguinte vai ter a gordura solidificada à tona da água, retire-a e congele esse caldo, gelificado, mais ou menos simples, mais ou menos aromático, em cuvetes de gelo ou em recipientes maiores, mas não se esqueça de datar e registar a quantidade. Pode usar esse caldo para as sopas e arrozes.

No dia em que faço o cozido, invariavelmente faço uma sopa tendo por base a água de cozer a carne de vaca e as batatas, nabo e cenoura que sobraram. Dependendo das quantidades, acrescento uma cebola e um chuchu. Gosto imenso de juntar um punhado de arroz e carne desfiada à sopa. É o que chamo a minha sopa de cozido, um verdadeiro prato de conforto que me leva de volta à infância e que me cura tantos males.

Das carnes e enchidos que sobram (ideias da minha e de outras cozinhas):
- faz-se pelo menos uma refeição com as carnes de vaca ou de frango (ou porco, para quem gostar) e com as couves que sobraram (sim, aquecidas), juntamente com o arroz, cozendo, eventualmente, mais uns legumes;
- faz-se feijoada, ou
- massa com carne, ou
- pasteis de massa tenra ou empadas com recheio de morcela e outras coisa saborosas ou
- croquetes de carne ou
- arroz de enchidos, e que tal juntar-lhes uns grelos ou espigos?

17 de março de 2016

Papas de Millet e granola rápida



Este ano tem sido um desfile de ingredientes novos para o pequeno-almoço, com as papas à cabeça do desfile: desde as tradicionais de aveia, passando pela mistura de flocos de aveia e de centeio, pelo trigo sarraceno, a quinoa e agora o millet. Se me perguntarem quais as minhas preferidas ... hum ... terei alguma dificuldade em responder, mas se as de aveia, são as de aveia, as de trigo sarracena surpreenderam-me pela textura e a verdade é que as de millet me têm deliciado. Seja qual for o ingrediente escolhido, faço sempre quantidade suficiente para 2 a 3 dias e guardo num recipiente bem fechado no frigorifico, depois é só utilizar a quantidade que preciso, poderei juntar-lhe (ou não) um pouco mais de liquido e aqueço no microondas durante 1 minuto e aqui posso já acrescentar-lhe a fruta que escolhi para a acompanhar: banana fatiada, frutos vermelhos, pera ou maçã (por vezes asso as maçãs também no microondas no dia anterior). A fruta vai cozer ligeiramente e tratando-se de banana ou frutos vermelhos, se estiverem maduros, poderão quase transformar-se num puré deliciosos. Polvilha-se com canela e rega-se com um fiozinho de mel e termina-se com 2 colheres de granola. Querem melhor para começar o dia?  
E além das papas de pequeno-almoço, não pode faltar a granola caseira. Quando não tenho tempo para a fazer do modo tradicional, recorro a esta mais rápida, que já conhecem do "I Love Marmita", e faço a quantidade suficiente para 1 semana 



Ingredientes:
Para o millet:
1 chávena de millet
3 chávenas de água, leite, chá ou a vossa bebida vegetal preferida
1 pau de canela
1 casca limão
Para a granola:
1/2 chávena de flocos de aveia
1 punhado de amêndoas laminadas
1 colher de sopa de sementes de girassol
1 colher de sopa de sementes de linhaça
1 colher de sopa de sementes de abóbora
1 colher de sopa de sementes de sésamo
1 colher de sopa de sementes de chia
Passas a gosto


Preparação:
O millet:
Toste o millet num tacho, sem qualquer gordura. Quando começar a sentir o aroma tostado do millet, acrescente a água, a canela e o limão
Leve a cozinhar, em lume médio, mexendo sempre, tal como se estivesse a preparar papas de aveia, até obter a consistência desejada.
Serva com pêra, canela e sementes de girassol ou o que mais lhe aprouver

A granola:
Aqueça uma frigideira e toste cada um dos ingredientes da granola em separado, com excepção das passas e da chia. À medida que os ingredientes vão tostando, reserve-os numa taça e deixe arrefecer. Misture as passas e a chia e guarde num frasco hermético.

1 de março de 2016

Empadas de vegetais assados



O tema para este Dia 1 na Cozinha é um dos meus preferidos: empadas. Lá em casa adoramos empadas e, tal como as quiches, são sempre uma boa forma de reciclar sobras de outras refeições, como frango ou peru assado ou até cozido à portuguesa e desde que a Bimby entrou na minha cozinha preparar a massa passou a ser uma tarefa tão fácil, que não há desculpas para as não fazer, mas podem sempre optar por massa de compra ou até massa folhada.
Quanto ao recheio optei por uns vegetais assados, que adoro preparar no Inverno e são tão versáteis e não juntei nenhum molho, porque estou nesta fase em que prefiro refeições mais secas, mas podem preparar um bechamel levezinho para lhes dar um pouco mais de cremosidade.



Rende 6 empadas pequenas
Ingredientes:
1 cebola roxa
1 batata doce pequena
1 cenoura
1 nabo
1 beterraba
3 colheres de sopa de azeite
2 ramos de tomilho fresco (só as folhas)
Sal e pimenta a gosto
1 receita de massa para empadas
1 gema de ovo para pincelar as empadas

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180º.
Descasque os legumes e corte-os em pedaços de tamanho idêntico.
Coloque-os numa taça e tempere com o sal e as folhas de tomilho e regue com o azeite. Envolva muito bem.
Espalhe-os num tabuleiro coberto com uma folha de papel vegetal e leve a assar por cerca de 45 minutos. 
A meio do tempo volte-os para que assem por igual e se achar que alguns dos legumes já estão no ponto retire-os. A batata doce e a cebola deverão assar mais depressa que a beterraba, por exemplo.
Quando estiverem prontos, retire do forno e reserve.
Enquanto os legumes assam prepare a massa, conforme indicações do link acima e deixe repousar durante pelo menos 30 minutos.
Reserve 1/3 da massa.
Com os restantes dois terços, estenda-a sobre uma superfície enfarinhada e forre pequenas formas. Distribua o recheio pelas formas.
Com a massa sobrante corte circulos do tamanho da boca da forma e cubra as empadas, unindo os bordos da massa com os dedos humedecidos em água.
bata a gema de ovo com um pouco de água e pincele as empadas.
Faça um corte no meio da massa e leve ao forno a assar por cerca de 30 minutos ou até as empadas estarem douradas.


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