30 de dezembro de 2016

Tarte de couve e batata doce



Mês das couves, ditou a Marta, e muito bem. Que melhor mês este para cozinhar com couves? Começamos logo a pensar na ceia de natal e na véspera de ano novo e nas pencas cozidas com o bacalhau, que mais tarde se hão-de transformar em roupa velha ou farrapo velho. A mim, o tema - as couves - fizeram logo tilintar uma memória de uma galette que andava para repetir ou recriar assim que surgisse a oportunidade. A oportunidade não surgiu, mas criou-se e ás couves acrescentei queijo feta e batata doce. Também poderia ter acrescentado bacon ou cogumelos mas pareceu-me que assim a couve poderia perder o protagonismo que se queria. Por isso aqui a têm, feita logo no inicio do mês, mas só hoje a ser publicada, quase sem chegar a tempo ao desafio da Marta.

E porque Novo Ano se avizinha, desejo-vos os melhores 365 dias das vossas vidas! Bom Ano 2017!!! 

Ingredientes (para 1 empada média):
Massa de empada (ou outra à vossa escolha: quebrada, folhada, etc.)
1 couve coração pequena
1 batata doce pequena
1/2 cebola
1 dente de alho
Queijo Feta a gosto
1 colher de chá de cebola
1 colher de chá de manteiga
Sal q.b.
Pimenta preta q.b.
Azeite q.b.


Preparação:
Estenda a massa já preparada sobre a tarteira, com uma folha de papel vegetal por baixo e reserve.
Corte a couve grosseiramente e escalde em água fervente até amolecer. Coe a água e reserve o liquido.
Lave bem a batata e corte em rodelas finas (mantendo a casca), leve a cozer em água e sal, só até estar macia. Não deixe cozer de mais.
Prepare um molho béchamel com a água da cozedura da couve (vai precisar de cerca de 1 concha de sopa): deite a manteiga num tachinho, deixe derreter e acrescente a farinha aos poucos, mexendo sempre até a farinha absorver a gordura. 
Comece, então, a juntar a água, colher de sopa a colher de sopa, mexendo entre cada adição. Quando já tiver usado cerca de metade do liquido, acrescente o restante de uma só vez e mantenha em lume brando, mexendo sempre até engrossar um pouco. para testar use as costas da colher de pau: como queremos um molho fino, passe a colher de pau no liquido e se ao verter ficar algum molho agarrado às costas da colher está pronto. 
Pique a cebola e o alho finamente e refogue lentamente num fio de azeite. Quando a cebola começar a ficar transparente junte a couve bem espremida e envolva na mistura de cebola e alho. Tempere com sal e uma pitada de pimenta preta.
Espalhe 1/3 das batatas sobre a massa da empada e sobre elas aconchegue o recheio da couve espalmando para ficar compacto.
Polvilhe com Feta esfarelado, cubra com as restantes rodelas de batata e, finalmente, verta o molho béchamel, com cuidado para não extravasar a forma.
Leve a assar em forno pré-aquecido a 180º, durante 30 minutos ou até o topo da tarte dourar (use o grill, para tostar um pouco).
Sirva com uma boa salada.


24 de dezembro de 2016

Feliz Natal



A todos os leitores do blogue desejo um Santo e Feliz Natal na companhia da vossa familia e que na vossa mesa, além dos docinhos do costume, reine a alegria e a comunhão fraterna.

23 de dezembro de 2016

Rolo bicolor de aletria


Confesso que a aletria não é dos meus doces preferidos de Natal, mas é um dos predilectos do D. (a seguir às rabanadas) e por isso lá em casa não pode faltar na mesa uma travessa de aletria. E porque a necessidade faz o engenho foi um doce que aprendi a fazer a partir de uma receita de aletria sem ovos e dei-me tão bem ela, que até durante o ano de vez em quando lá faço uma travessura doce para o meu doce D., embora, por regra, acrescente 1 gema de ovo. Desta vez, decidi sair da zona de conforto que são as receitas tradicionais e para o desafio Youzz Milaneza, transformei a aletria num rolo de dois sabores e duas cores, que servida fresca é uma delicia.


(Para um rolo pequeno que rende cerca de 5 fatias, para um rolo maior duplique ou triplique a receita)
Ingredientes:
40gr.+40gr. de aletria (cerca de 4 meadas)
160 gr. de sumo de laranja (ou o sumo de 1 laranja completado com água para perfazer a quantidade)
4 colheres de chá de açúcar
2 paus de canela
1 pedaço de casca de laranja (só a parte laranja)
200 ml de natas para culinária ou 100 ml de natas e 100 ml de leite
1 colher de sopa de cacau cru em pó
3 quadrados de chocolate para culinária
4 colheres de chá de açúcar
1 colher de chá de extrato de baunilha

Preparação:
Para a camada de laranja:
Num tacho deite o sumo de laranja, 2 colheres de sopa das natas, o pau de canela, a casca de laranja e o açúcar (se for preciso ajuste o açúcar em função da doçura da laranja).
Mexa para derreter o açúcar e quando levantar fervura acrescente 40 gr. de aletria, desfazendo grosseiramente as meadas para abrir a massa.
Coza em lume médio/brando, mexendo de vez em quando.
Quando a aletria estiver cozida, vá mexendo sempre com a colher-de-pau até ficar cremosa e a "descolar" dos lados do tacho.
Espalhe numa camada fina sobre uma folha de papel aderente dando-lhe a forma de um rectângulo. Reserve e prepare ...
.... a camada de chocolate:
Num tacho deite as natas, o pau de canela, o cacau em pó, o chocolate, o extracto de baunilha e o açúcar (se for preciso ajuste o açúcar em função do seu gosto).
Mexa para derreter o açúcar e o chocolate e quando levantar fervura acrescente a restante aletria, desfazendo grosseiramente as meadas para abrir a massa.
Coza em lume brando, mexendo de vez em quando, até a massa amolecer. 
Vá mexendo sempre com a colher-de-pau até ficar cremosa e a "descolar" dos lados do tacho (como as natas são mais gordas, tem que ter atenção para que não reduzam demasiado e a aletria fique encruada, se precisar acrescente leite).
Espalhe em camada sobre a de laranja e deixe arrefecer um pouco. Se ficar uma camada muito grossa retire o excesso.
Com a ajuda do papel aderente comece a enrolar a parte do lado mais longo do rectângulo. Aperte o rolo, embrulhe em papel de alumínio para ajudar a manter a forma e leve ao frigorífico por cerca de 1 hora.
Desenrole o papel e polvilhe com canela, desenhando uma grade ou fazendo outro qualquer desenho a gosto.
Sirva bem fresco.



Esta receita foi criada para o desafio Youzz Milaneza



22 de dezembro de 2016

Linguini com brócolos roxos e nozes e talvez o pesto mais feio do mundo




Ultimamente tenho encontrado com frequência estes brócolos roxos. Umas cabeças mais pequeninas que os verdes, cheias de cor que saltam logo aos olhos, assim que chego à banca dos vegetais. ´
A primeira vez que os comprei e cozi, fiquei muito desiludida porque durante a cozedura ficaram verdes e do roxo só ficou a água, entretanto li no "Dicionário de Sabores", a propósito da couve-roxa, que para lhe manter a cor depois de cozinhada era necessário acrescentar algum elemento ácido à água da cozedura e resolvi aplicar o mesmo método a estes brócolos e resultou lindamente, mas se  cozerem uma quantidade mais generosa para guardarem, preparem-se para ver a cor desaparecer gradualmente.
Uma massa de brócolos é sempre uma delicia, polvilhada com nozes e se quiserem um sabor bem mais "vivo" acrescentem-lhe uma colher de pesto dos mesmos brócolos. Porventura o pesto maiss feio que já alguma vez fiz, mas de sabor intenso. Como o brócolo é denso, poderão ter que acrescentar algum liquido para o soltar, sob pena uma pasta e não um molho ou então experimentem primeiro triturar todos os restantes ingredientes e só depois juntar os brócolos esmagando-os com um garfo e acrescentando o azeite que acharem necessário (próxima experiência...)

Ingredientes:
Para a massa:
Linguini Milaneza q.b.
2 cabeças pequenas de brócolos roxos e as suas folhas
1/2 cebola
1 dente de alho
1 punhado de nozes
Azeite q.b.
Água q.b.
Vinagre ou sumo limão
Sal q.b.

Pesto:
100 gr. de brócolos
4 nozes
1 colher de sopa de parmesão ralado
1 dente de alho
1 punhado de folhas de salsa
Azeite q.b.



Preparação:
Coza a massa al dente e coe a água, mas reservando algum liquido da cozedura.
Separe os floretes de brócolos e as folhas.
Coza os floretes a vapor, juntando à água 2 colheres de sopa de vinagre ou de sumo de limão para que não percam a cor, mas não deixe de cozer demais. Reserve.
Corte as couves de brócolo em juliana grossa.
Numa sertã deite um fio de azeite e deixe aquecer, acrescente a cebola cortada em meias luas e o dente de alho finamente laminado.
Quando a cebola começar a amolecer, acrescente as couves, envolva, tempere de sal e salteie. Eu gosto de deixar estalar (fritar) um bocadinho para sentir algum crocante pelo meio.
Acrescente alguma água da cozedura da massa (cerca de uma concha de sopa) para criar molho, deixe levantar fervura, rectifique o tempero e junte, primeiro os floretes de brócolos, deixando alguns para adicionar no prato, e depois a massa cozida.
Envolva os ingredientes e sirva quente, com os restantes brócolos e as nozes grosseiramente picadas.
Se quiser um sabor mais pungente acrescente uma colher de sopa de pesto ainda na sertã, juntamente com a água da cozedura.

Para o pesto:
Misture todos os ingredientes e triture com a varinha mágica, acrescente o azeite necessário para criar um pesto mais solto ou menos, deixando-o com a consistência de quase uma pasta.



Esta receita foi criada para o desafio Youzz Milaneza

6 de dezembro de 2016

Hoje a receita vem da Galiza!



Este ano as férias passaram a voar e o regresso ao trabalho foi de tal modo impetuoso, que nem publiquei o meu post de férias como habitualmente, mas o regresso de férias trouxe-me uma surpresa, por isso em vez de um post dedicado exclusivamente a elas, trago-vos uma iguaria de um dos locais por onde passei.

Explico: este ano optamos por seguir para Norte com destino final na Galiza, mais propriamente em A Guarda, com um saltinha à linda Baiona Ora, já depois do passeio, recebo um e-mail simpatiquíssimo dos autores do blogue "Bolboretas no Bandullo", Diana e David. Ora a Diana e o David são galegos e o blogue é escrito na língua galega e enquanto eu escolhi a Galiza para umas mini férias, eles escolheram o sul de Portugal para as suas férias. Só coincidências, mas agradáveis, por isso quando, nesse tal e-mail me convidaram a apresentar uma receita portuguesa para partilharem com os seus leitores, enquanto me apresentariam uma receita galega para partilha convosco, não pude, de maneira alguma recusar o convite. Afinal, aqui pelo norte, portugueses e galegos só se separam pela geografia, que de resto é tu cá tu lá e, claro, a sua gastronomia conquista-nos.

Como no seu blogue já existe uma receita de um dos petiscos mais afamados do Porto, a "francesinha", resolvi escolher para partilhar uma receita que não é nova por aqui, mas que é também originária do Porto  e com um dos ingredientes mais emblemáticos da nossa cozinha: o fiel amigo bacalhau, que não sendo nosso, se tornou tão nosso: o bacalhau à Gomes de Sá, cuja receita vão poder encontrar hoje por terras da Galiza, que por aqui se partilha uma não menos saborosa receita galega: a empanada! Que delicia, não acham?

Obrigada Diana e David por partilharem a vossa cozinha connosco!

Conheçam um pouquinho mais do "Bolboretas no Bandullo", por aqui e as sua rubricas "Bitácoras de aqui e acolá" e "Bolboreteando con...":
http://www.bolboretasnobandullo.com/
https://www.instagram.com/bolbonobandullo/
https://www.facebook.com/bolboretasbandullo/?ref=bookmarks
https://twitter.com/bolbonobandullo

Então, aqui vai a receita:

"Bom dia, amig@s! Hoje a vossa receita trazemo-la desde Galiza nesta parceria tão apetitosa. Apresentamos um dos pratos mais tradicionais do nosso território, a empanada, que ainda que hoje já se faça em boa parte do mundo, tem a sua génese como a que hoje conhecemos aqui na Galiza. No século XII, muitos peregrinos que viajavam até Santiago de Compostela, à procura do Apóstolo, sabiam que se estavam a aproximar pelo cheiro a pão e a empanada. Depois, deixavam a Galiza com a lembrança de uma delícia tipica feita com massa com recheios muito diferentes.
Bem, na última fase da Idade Media, quando o cereal mais recorrente era o milho, comia-se pão deste (aqui chamado de “broa”) e também uma empanada com sabor bem diferenciado pois o milho deixa o estômago bem satisfeito. Com o passar do tempo, o milho foi ficando marginalizado, mas estas empanadas mantiveram-se vivas em certas zonas do nosso país. Nas últimas décadas começaram a ganhar novamente muito prestígio, podendo encontra-las em muitas padarias galegas. Contudo, também podemos preparar uma boa empanada de milho em casa. Nas vilas piscatórias, como a nossa, costuma fazer-se com algum marisco. Nós, desta vez, optamos pelas “zamburiñas”, um molusco bivalve muito similar à vieira.
Certo que não é a opção mais económica para uma empanada, mas agora que se aproximam épocas festivas esta é uma ideia óptima para uma surpresa. Acham saborosa? Olhem!

 Empanada de milho e zamburiñas

Ingredientes:
Para a massa:
·         Para a massa madre: 25 g de farinha de milho, 25 g de farinha de trigo e 40 ml de agua morna.
·         300 g de farinha de milho
·         100 g de farinha de trigo
·         350 ml de agua quente
·         Uma colherinha de sal
·         Um ovo
Para o recheio:
·         10-12 zamburiñas (se não encontrarem, optem por vieiras)
·         2-3 tomates triturados
·         1 pimento vermelho
·         1 cebola
·         1 dente de alho
·         1 copo de vinho
·         Pimenta moída
·         Pimentão
·         Sal
·         Aceite

Elaboração:

Começamos fazendo a massa madre. Misturamos todos os ingredientes e deixamos repousar durante uma noite



No dia seguinte, juntamos a farinha de trigo e a de milho, a agua quente e o sal. Misturamos muito bem, tapamos e deixamos repousar até que duplique o seu tamanho.



 Enquanto deixamos que a massa fermente, preparamos o recheio. Primeiro trituramos o pimento, a cebola e o dente de alho. Fritámos estas verduras em duas colheres de azeite durante 5-6 minutos.




De seguido, adicionamos as zamburrinhas, misturamos bem e acrescentamos o vinho. Quando se evaporar, acrescentamos os tomates e cozinhamos durante 15-20 minutos. Temperamos com o sal, a pimenta moída e o pimentão. Reservamos.





A seguir, repartimos a massa em duas partes, estendemos uma delas sobre papel vegetal e colocamos sobre ela o recheio. Estendemos a outra e tapamos a nossa empanada. Fechamos bem os bordos, pintamos com o ovo batido e vai ao forno pré-aquecido a 220º (calor de baixo e de cima), durante 25 minutos, aproximadamente.




Deixamos arrefecer um pouco e já está pronta a comer! Esperamos que gostem dela ;) 
Aquí, na nossa casa, apenas durou uns minutos. Saborosíssima! Abraços desde a Galiza!








27 de novembro de 2016

Jaffa Cakes


E a minha padaria preferida volta a lançar um desafio. Pois é, a Ana, depois de uma temporada ausente no "Anasbageri", voltou cheia de força e desafiou-nos a participar no "O nosso grande Bake Off", uma versão para blogues gulosos do programa "The Great British Bake Off". Ana, acho que nunca vi o programa, nem sei mesmo se passa por cá em algum canal da cabo, mas como adoro os teus desafios (falhei a primeira edição, mas guardei a receita...), cá estou para participar com uns Jaffa Cake, que não conhecia, mas que me surpreenderam.
Nunca comi um Jaffa Cake de pacote, penso que já vi alguma versão à venda, mas nunca me atraíram. No entanto, com um doce de toranja acabado de fazer, achei que o chocolate vinha a mesmo a calhar para lhe fazer companhia ...e não me enganei. Por isso, Ana, aqui estão os meu "Jaffa Cake" Ah! E dizes tu que não tens "motricidade fina"... Então vê os meus...




Ingredientes:
Para o bolo:
1 ovo
25 gr. de açúcar
25 gr. de farinha
Manteiga para untar as formas
Para o recheio/gelatina:
150 gr. de doce de toranja
2 folhas de gelatina
óleo para untar o tabuleiro
Para a cobertura:
Chocolate de culinária, de preferência escuro

Preparação:
O Bolo:
Aqueça o forno a 165º e unte com manteiga forminhas ou tabuleiros de muffins.
Bata o ovo com o açúcar até a mistura estar fofa e branca, acrescente a farinha peneirada e evolva bem.
Deite o preparado nas forminhas, distribuindo 1 colher de sopa por cada uma.
Leve ao forno 5 a 7 minutos. Desenforme e reserve.
O recheio/gelatina:
Demolhe as folhas de gelatina durante 5 minutos e esprema bem toda a água.
Leve o doce ao lume até derreter, junte 1 ou 2 colheres de sopa de água se necessário.
Fora do lume junte as folhas de gelatina  e mexa até derreter.
Espalhe a "gelatina" num tabuleiro untado com óleo e deixe solidificar.
Os Jaffa Cakes:
Corte circulos de gelatina um pouquinho menores que o diâmetro os bolinhos  (usei um cortador de bolachas redondo) e coloque um circulo de gelatina em cima da cada um dos bolinhos.
Derreta o chocolate em banho maria ou no micro-ondas e cubra os bolinhos.
Deixe solidificar o chocolate antes de servir. Eu gostei mais deles frios do que à temperatura ambiente.

24 de novembro de 2016

Wook a não perder!!!

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23 de novembro de 2016

Couve salteada com castanhas

Ainda a fumegar...

O ingrediente que a Marta escolheu para reinar durante o mês de Novembro foi a óbvia "castanha" e embora muitas receitas me tivessem vindo à mente para preparar, a verdade é que não foi nada fácil porque castanhas que entrem lá em casa acabam sempre no forno para um lanche ajantarado acompanhas de um bom vinho, mas lá consegui resgatar uma boa meia dúzia delas que juntei a um dos meus acompanhamentos preferidos para as carnes grelhadas: a couve coração salteada em azeite e alho. 


Ingredientes:
1/2 couve coração, cozida al dente, cortada grosseiramente e bem escorrida
2 mãos cheias de castanhas cozidas, já peladas e escorridas
1 dente de alho fatiado
Azeite q.b.
Sal q.b.

Preparação:
Numa sertã larga deite um bom fio de azeite e salteie as castanhas.
Junte o alho (sem tirar as castanhas da sertã) e deixe fritar um pouco só até começar a sentir o seu aroma.
Acrescente, então, as couves, envolvendo bem e acrescentando mais azeite, se necessário.
Deixe fritar um pouco, se gostar deixe até que a couve ganhe um pouco de cor.
prove e acrescente sal se necessário.
Sirva quentinhas e fumegantes como acompanhamento de uma boca carne grelhada. 



1 de novembro de 2016

Pão doce para uma doce tarde de Outono

 
 
A começar o Novembro com uma receita doce a fazer apetecer uma tarde de sofá e uma caneca de chá, não fora este calor inusitado para a época, mas se forem como eu e não dispensarem uma chávena de chá seja qual for a estação do ano, então este é um pão perfeito para se deliciarem. É um pão doce, tal como pediu o desafio "Dia 1 na Cozinha", de tamanho familiar e que podem guardar uns dias numa caixa hermética para fatiar, torrar e ser vir com um pouco de manteiga ou uma compota. Bom apetite!   



Ciambella Mandorlata

(Fonte: "200 Receitas de Pão")
Ingredientes:
Massa:
2 ovos batidos
100 ml de leite
Raspa de 1 laranja grande
2 colheres de sopa de sumo de laranja
75 gr de manteiga sem sal amolecida
1 colher de chá de sal
1/2 colher de chá de canela em pó
450 gr de farinha de trigo T65
75 gr de açúcar
1 1/2 colher de chá de fermento seco
Para terminar:
15 gr de manteiga sem sal, derretida e arrefecida
1 colher de chá de canela em pó
3 colheres de sopa de açúcar mascavado claro
100 gr. de mistura de nozes e avelãs picadas
1 gema de ovo para pincelar

Preparação:
Junte a raspa de laranja e o sumo com o leite.
Deite os ingrediente na cuba da máquina de fazer pão de acordo com a ordem indicada no manual de instruções.
Escolha o programa "massa".
Entretanto prepare a cobertura:
Numa tigela deite a manteiga derretida, acrescente a canela, o açúcar e os frutos secos e misture bem. Reserve.
Quando o programa terminar, retire a cuba da máquina e transfira a massa para uma superfície enfarinhada e corte-a a meio.
Com cada metade forme 2 rolos com cerca de 45 cm de comprimento.
Enrole-os numa espiral, dobre a meio para formar um "C" quase fechado e ponha num tabuleiro untado e forrado.
Cubra com pelicula aderente, sem apertar e deixe repousar num local quente durante 50 a 60 minutos ou até quase dobrar de volume.
Misture a gema de ovo com uma colher de chá de água e pincele a massa.
Polvilhe com a mistura de amêndoa, pressionando suavemente.
Coza em forno pré-aquecido a 200º, durante 35 minutos até ficar bem dourado, cobrindo com papel de alumínio se começar a queimar.
Transfira para uma rede para arrefecer.

27 de outubro de 2016

"Portugal Agro" 2016 - quem vai?



Então quem vai fazer uma visita ao "Portugal Agro" neste fim-de-semana?

Ana Sofia Vieira Matos
Alexandra Figueiredo
Liliana Alexandra Mota Henriques
Maria de Fátima Dias Pereira Martinho
Cristina Manuela Gomes dos Santos
Maria Teresa Faro
Susana Maria Oliveira Fajardo
Soraya Ferreira Reis
Aurora Maria Araújo Valente Augusto
Lese Mary Costa


Parabéns!








25 de outubro de 2016

Semana Wook 40 mil livros e lembrar o passatempo "Portugal Agro"

Além de esta semana poderem matar saudades da "Crónica dos Bons Malandros" ou de percorrer os livros do Mário Zambujal, a Wook abre as portas a 40 mil livros com 40% de desconto em cartão. Quem sabe se não encontram por aqui "aquele" livro ...., mas não se esqueça de consultar as condições da campanha.






Entretanto continua a decorrer o passatempo em que estamos a oferecer 10 convites duplos para o "Portugal Agro" já no próximo fim-de-semana. Habilitem-se!

21 de outubro de 2016

Vamos à 3ª edição do "Portugal Agro"?




Hoje não se fala de receitas, mas continua a falar-se de comida, o tema central deste blogue e, como já se aperceberam, além de gostar de comer, gosto que as minhas refeições estejam cheias de nutrientes ricos e não resisto a comprar ingredientes produzidos em terras lusa.  

Como sei que desse lado também há muitos adeptos da produção agrícola nacional, por isso a partir de hoje e até dia 26 o Blogue, oferece 10 convites  duplos para a 3ª edição do Portugal Agro, que irá a decorrer de  28 a 30 de Outubro de 2016, na FIL (Parque das Nações, Lisboa).


Durante este evento poderá contar com degustações, provas de produtos, showcooking, aulas e tertúlias gastronómicas, workshops culinários para os mais novos, confecção de receitas ao vivo e nos dias 29 e 30 decorrerá a Final Nacional do Concurso Chefe Cozinheiro do Ano 2016. 
A não perder, não acham?

E além do que melhor poderão encontrar do nosso Portugal, ainda poderão conhecer os sabores de Marrocos, que é o país convidado para esta edição.

Para informações mais detalhadas vejam aqui 


Para participar só precisam de preencher o formulário abaixo e esperar ser um dos felizes sorteados.
Não é obrigatória a partilha do passatempo, mas seriam uns queridos se o pudessem dar a conhecer aos vossos amigos .)




Atenção:
- O passatempo decorre até 26/10/2016, sendo apenas válida uma participação por pessoa.
- Os vencedores serão sorteados via random.org e contactados por e-mail, devendo levantar os convites durante o período em que decorre o Portugal Agro, no balcão de Apoio ao Cliente, mediante apresentação do seu documento de identificação.

18 de outubro de 2016

Chutney de beterraba, pêra rocha e gengibre



Ao contrário dos anos anteriores, este ano não me dediquei às compotas, mas não resisti a experimentar este chutney que já tinha marcado há algum tempo no livro onde encontrei a receita e com um molho de beterrabas acabadas de arrancar da terra na mão tinha que lhes dar um uso condigno. 

(Fonte: "500 Compotas e Conservas", Clippy Mackenna)
Ingredientes:
500 gr de pêras, descascadas  e descaroçadas, picadas
500 gr de beterraba descascada e em cubos
2 col de sopa de óleo vegetal
1 limão (casca ralada)
2 col de sopa de gengibre ralado
1 colher de sopa de alho picado
1 col de sopa de sumo de limão
1 col de chá pimenta da Jamaica moída
100 gr de cebola roxa, fatiada e em cubos
200 ml de vinagre de vinho tinto
200 ml de açúcar mascavado claro



Preparação:
Asse a beterraba durante 1 hora juntamente com o óleo.
Nos últimos 30 minutos acrescente as pêras, metade do açúcar e metade do vinagre e reserve.
Junte na panela a cebola, a casca e sumo de limão, o gengibre, o alho e a pimenta e coza em lume médio durante 10 minutos mexendo.
Deite a restante metade do vinagre e coza mais 10 minutos.
A mistura deve começar a engrossar e a ficar suculenta - mexa para não queimar - especialmente nos últimos 5 minutos.
Junte o restante açúcar e a beterraba e pêras assadas com todos os sucos que estiverem no tabuleiro e mexa até o açúcar se dissolver.
Aumente o lume e deixe cozinhar mais 15 a 20 minutos, só deixando fervilhar.
O molho deve estar bem espesso, se necessário acrescente um pouco de água.
Prove e se quiser rectifique o tempero juntando mais especiarias.
Enfrasque e consuma no prazo de 12 meses.

16 de outubro de 2016

Pão estaladiço de centeio

 
 
 
Hoje é Dia Mundial da Alimentação e a par celebra-se também o Dia Mundial do Pão, porventura o alimento mais básico produzido pelo homem. De há 10 anos para cá que a blogosfera celebra este dia e blogers de todo o mundo publicam, a 16 de Outubro, uma receita de pão ou uma publicação relacionada com o pão. O desafio/convite parte da Zorra que este ano nos inspira assim:
 
"No dia 16 de Outubro, que também é o Dia Mundial da Alimentação, fazemos pão e agradecemos o facto de termos em nossas casas comida suficiente, nem todos têm a mesma sorte. Claro que não podemos resolver o problema da pobreza, fome e má nutrição no mundo fazendo pão, mas talvez possamos neste dia em especial partilhá-lo com mais alguém."

Este ano a minha escolha recaiu sobre um pão muito simples, com pouco fermento e que, na realidade, é um "no-knead bread". Nada de amassar, só misturar. O resultado final é um pão fino e estaladiço, umas tostas se preferirem, boas para um snack a meio da manhã ou da tarde, simples (sim, adoro pão simples) ou barrado de queijo-creme, guacamole ou a servir de base  afatias de abacate e tomate polvilhadas com coentros e regadas com um fio de azeite.
 
Bom dia do pão!



(Fonte: "Grande Livro de Cozinha", vários autores, Civilização Editora)
Ingredientes:
200 gr. de farinha de centeio integral
5 gr. (3/4 col de chá) de sal marinho fino
5 gr. (3/4 col de chá) de fermento fresco*
175 ml de água a 20º



Preparação:
Misture a farinha e o sal numa tigela.
Misture o fermento com a água e adicione aos ingredientes secos.
Misture até obter uma pasta macia  e bem ligada.
Cubra a tigela e deixe descansar durante 3 horas até a massa ter inchado um pouco.
Forre um tabuleiro de forno com papel vegetal.
Deite a pasta no tabuleiro e espalhe-a num quadrado ou num rectângulo até ficar com 1cm de espessura (se a massa começar a secar salpique com água).
Polvilhe com farinha de centeio e com o rolo da massa e as mãos comprima a parte superior da pasta.
Cubra com um pano e deixe descansar por 1h num local morno, ou até as folhas terem o dobro de altura.
Aqueça o forno a 200º, retire o pano que cobre a massa e com a ponta arredondada de um pauzinho chinês faça mascas em toda a superfície.
Com uma faca romba apare as pontas da massa..
Coza no forno, na prateleira do meio, durante cerca de 40 minutos, ou até a massa parecer seca e as pontas estarem levemente arrebitadas.
Retire do forno e quando o pão tiver arrefecido o suficiente para o manejar , parta-o em pedaços.
 
* usei fermento seco na mesma quantidade, o que alterou a consistência da massa, mas mesmo assim o resultado final foi um pão estaladiço e saboroso .
 
#wbd2016 #worldbreadday2016

10 de outubro de 2016

Abóbora Hokkaido assada com ervas aromáticas


Da abóbora vem-me logo à ideia a carruagem da Cinderella, conto de fadas que me encheu a infância. Depois, ainda durante a infância e juventude, lembro-me de detestar os fios de abóbora que encontrava na sopa. Hoje a abóbora ultrapassou largamente os limites da panela da sopa e a minha forma preferida de a preparar é assá-la no forno com ervas aromáticas: salva, tomilho, alecrim, o que mais gostarem Em fatias, aos cubos, apenas cortada ao meio com alguns golpes para os sabores se intrusarem, uma pitada de flor de sal e um fio de azeite. Depois acompanha ou faz-se acompanhar de massas, outros vegetais assados, queijo feta, millet cozido ... enfim, é só dar largar à imaginação.
Esta receita, que não o é de tão simples, vai juntar-se à festa da abóbora que corre este mês no blogue "Intrusa na Cozinha".



Ingredientes:
1 abóbora Hokkaido
Ervas aromáticas a gosto (usei salva e tomilho)
1 pitada de flor de sal
1 fio de azeite

Preparação:
Lave a abóbora e corte-a em fatias,
Numa taça misture o azeite e as ervas aromáticas picadas.
Junte a abóbora e envolva bem.
Espalhe as fatias de abóbora sobre um tabuleiro de forno forrado com papel vegetal.
Tempere com flro de sal.
Leve a assar em forno pré-aquecido a 200º até a abóbora ficar macia.

7 de outubro de 2016

Tarte de maçã da Leonor ou um mês com a Leonor de Sousa Bastos


O "Flagrante Delicia" foi um dos primeiros blogues que comecei a seguir quando entrei neste mundo da blogosfera. As receitas mais que gulosas numa envolvência visual que as tornava ainda mais apetecíveis. É da Leonor de Sousa Bastos, a chef escolhida para o "Este mês com...", uma das primeiras receitas publicadas neste blogue e depois dela ainda se seguiram uns dos melhores scones que já comi e umas bolachas que conheceram nova faceta. Conclusão: as receitas desta chef tão doce não desiludem e para comprovar mais uma vez escolhi uma receita tão outonal quanto esta  tarte de maçã.



(Fonte: Flagrante Delicia)
Ingredientes:
Massa:
250 gr. de farinha trigo
1 colher de sopa de fermento quimico
100 gr. de aç~ucar
125 gr. de manteiga amolecida
1 ovo
1 pitada de sal
Gema d eovo para pincelar (não usei)
Recheio:
7 maçãs (usei 5 maçãs Golden grandes)
300 gr de açúcar (só usei 200 gr.)
Sumo de 1 limão
1 pau de canela (não usei)


Preparação:
A Massa:
Misturar todos os ingredientes numa taça e amassar tudo.
Envolva em película aderente e refrigere por 1 hora.
Pré-aqueça o forno a 180º e estenda uma parte da massa sobre uma superfície enfarinhada e forre uma forma (ou várias formas pequenas).
Estenda a restante massa, corte em tiras e reserve (como usei uma forma um pouco mais pequena sobrou massa que cortei com um corta bolachas e coloquei sobre a tarte para esconder a minha falta de jeito em colocar as tiras de forma alternada).
O recheio:
Descasque e corte as maçãs em fatias finas.
Coza a fruta com o sumo de limão, o açúcar e o pau de canela até as fatias ficarem transparentes.
Retire o pau de canela e recheie a tarte com a maçã.
Disponha as tiras de massa por cima, cruzando-as.
Pincele com gema de ovo .
Leve a assar por 25-30 minutos.
Pincele com geleia para dar brilho.

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