30 de julho de 2016

Frigideira de pota

Quando menina polvo, para mim, só na forma de filetes, mas hoje, embora continue a adorar os afamados filetes, não prescindo de um "arroz do mesmo" para os acompanhar, não resisto a um polvo à lagareiro e até cozido para juntar a uma salada gosto dele. Mas se nessa infância de comer difícil me tivessem falado em pota, eu certamente torceria o nariz, provavelmente apenas por ser "pota, credo que nome" e se não é o mesmo que polvo, não é bom, ora pois. Hoje em dia seja polvo, seja pota é sempre bem-vindo no meu prato. Que gosto mais do sabor do polvo, sim, mas a pota é bem mais económica e se for de qualidade faz-lhe igualmente o gosto, por isso não se acanhem: o que vos trago hoje é um delicioso prato de pota, mas que faço muitas vezes em casa com polvo e nunca me deixa ficar mal.



Ingredientes (para 2 a 3 pessoas, consoante o apetite e acompanhamentos):
2 tentáculos de pota congelados (ou 1 polvo pequeno com cerca de 1,5kg)
2 batatas grandes (podem usar batata doce)
1 pimento, sem sementes, fios e cortado em tiras finas (podem usar uma mistura de pimentos de cores diferentes, ainda fica melhor)
1 cebola, descascada e cortada às rodelas
1 cenoura, descascada e cortada às rodelas
1 folha de louro
1 dente de alho
Sal q.b.
Azeite q.b.
Salsa ou coentros a gosto



Preparação:
Comece por cozer a pota até ficar tenra e deixe arrefecer. Corte os tentáculos em pedaços e reserve. Não use sal nesta fase porque normalmente, quer a pota, quer o polvo já têm sal suficiente para lhes dar sabor.
Coza as batatas com a casca, bem lavadas, até amolecer mas sem cozer em demasia. Deixe arrefecer um pouco e corte em rodelas grossas.
Aqueça uma frigideira com azeite, um dente de alho esmagado e uma folha e uma folha de louro.
Aloure as batatas, de ambos os lados, até ficarem bem douradas. Reserve.
Acrescente azeite à mesma frigideira e junte os legumes, deixe alourar em lume médio, mexendo para não queimar e acrescentando azeite se necessário. Junte uma pitada de sal.
Quando a cebola estiver transparente junte a pota e envolva. Acrescente mais um bocadinho de azeite para que a mistura frite ligeiramente.
Sirva com a batata alourada, polvilhado com salsa ou coentros picados e acompanhe com uma boa salada.

Dica: se usarem o polvo utilizem a cabeça e mais alguma coisa que possa sobrar (o que duvido que aconteça) e utilize para, juntamente com a àgua da sua cozedura,  fazer uma quinoa de pota.

26 de julho de 2016

Pudim de aveia e chia com toping de pêssego



Pêssegos, sim, Marta, são uma das frutas preferidas de Verão. Pela cor, pelo aroma, pelo sabor. Nunca faltam na minha cesta, mesmo que nem sempre os possa comer em cru (provocam-me alguns problemas digestivos ... coisas que não se explicam), por isso normalmente iopto por os cozinhar, seja para uma sobremesa, seja para integrarem uma salada. Ano passado descobri-lhes a parelha maravilhosa com o cardamomo e assim, neste par, passaram a ser um dos elementos constantes dos meus pequenos-almoços. Por isso, aqui fica a partilha dos meus pêssegos tão aromáticos:



Ingredientes:
2 iogurtes naturais
2 colheres de sopa de flocos de aveia integral
1-2 colheres de sopa de sementes de chia (conforme querem uma consistência mais leve ou mais sólida)
2 pêssegos pequenos, pelados e cortados em cubinhos
1 colher de sopa de água
1 vagem de cardamomo aberta
1 colher de sobremesa de mel claro
Granola a gosto para servir (opcional)

Preparação:
Comece por misturar os iogurtes com a aveia e a chia. Mexa muito bem e eleve ao frigorífico. Volte a mexer ao fim de 10 minutos, para que os flocos e as sementes não se colem.
Num tachinho coloque os pêssegos, a água, a vagem de cardamomo e o mel. Deixe cozinhar em lume brando até o pêssego amolecer.
Retire do lume e reserve.
Na hora de servir divida por dois copinhos colocando em camadas a granola, a mistura de iogurte e o pêssego com o liquido que tiver libertado durante a cozedura.


12 de julho de 2016

O melhor almoço numa taça



Um mês delicioso com uma chefe vegetariana. Embora não prescinda da carne, nem do peixe gosto de fazer com alguma frequência refeições sem estes ingredientes. Aproveito sobretudo as refeições de marmita para o fazer, até pela simplicidade com que se podem juntar ingredientes (alguns sem necessidade de cozinhar) num prato e mesmo assim termos uma refeição completa e que nos sabe bem. A minha escolha caiu numa taça colorida, composta por ingredientes crus, que lhe dão frescura e ingredientes cozinhados com especiarias que lhe dão personalidade, tudo combinado com um delicioso molho de azeite, mel e limão. Esta não foi, no entanto, a minha primeira escolha, por isso guardada vai ainda ficar uma receita para experimentar: a afamada massa de pizza com couve-flor, mas sem ovos!

Então, a convidada deste mês é Ella Woodword e a Susana apresenta-na-nos desta maneira:

"Vinda do Reino Unido, a nossa próxima convidada é uma das food bloggers mais aclamadas e bem-sucedidas do momento. Aos dezanove anos, em 2011, viu-se confrontada com uma doença grave e altamente limitativa à qual a medicina convencional não conseguiu dar resposta adequada. Tentou por isso uma abordagem mais holística e natural e foi através de uma profunda alteração ao seu estilo de vida, nomeadamente na alimentação, que conseguiu retomar o controlo do seu dia-a-dia.
Para partilhar a sua experiência (isto é, as suas receitas) resolveu criar um blogue que rapidamente se tornou num sucesso e que resultou já em dois livros publicados internacionalmente, valendo-lhe um cunho de guru da alimentação saudável. Naquele que, pelo menos para mim, será um grande desafio, este mês teremos connosco… Ella Woodward.



(Fonte: deliciouslyella.com)
Ingrediente:
1 batata doce pequena
1 mão cheia de rucula
1/2 lata de grão de bico, escorrido
1/3 de pepino
6 tomates cereja
1/2 colher de chá de flocos de malagueta (usei uma pitadinha piripiri)
1/4 de colher de chá de canela
Para o molho:
1/2 colher de chá de mel
1/2 colher de chá de sumo de limão
3 colheres de sopa de azeite

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180º.
Corte a batata em fatias, no sentido longitudinal.
Coloque as batatas num tabuleiro de forno e salpique com a canela, um pouco de sal e um pouco azeite.
Leve ao forno a cozinhar por cerca de 1 hora. A meio do tempo junte o grão e tempere com os flocos de malagueta e deixe cozinhar por mais 30 minutos.
Entretanto, corte o pepino e o tomate em pedaços e faça o molho, misturando os ingredientes.
Numa taça combine todos os ingredientes e sirva.
Se quiser levar para o trabalho, deixe a batata e o grão arrefecer completamente antes de juntar os restantes ingredientes e guarde num recipiente fechado.

1 de julho de 2016

Dia 1 e uma taça doce de couscous



O Dia 1 na Cozinha celebra o mês de Julho com um ingrediente especial: "couscous". Gosto de ter sempre um pacotinho de couscous na minha despensa e uso-o para preparar algumas marmitas pela rapidez com que se cozinha. Juntam-se-lhe toda a variedade de legumes, frango, atum, ovo, delicias do mar, o que bem entendermos para termos uma boa refeição, por isso imaginei que poderia não ser muito difícil arranjar uns minutinhos para voltar a participar no desafio do "Dia 1 na cozinha...". Bom, acabou por não ser tão fácil quanto me pareceu (o tempo...ai, o tempo!), mas ontem à noite lá me dispus a preparar um couscous para o dia de hoje.
Há alguns anos tinha visto um programa da Giadda de Laurentiis em que ela preparava um couscous doce e que me deixou bem curiosa, embora de pé atrás por estar habituada a usar o couscous unicamente em pratos salgados (E vocês dizem: então a aletria não é massa e não se faz um prato doce bem famoso com ela? E eu: pois, mas eu nem aprecio muito...), mas lá investiguei um pouco entre a internet e alguns livros que pairam na minha estante (e encontrei receitas bem interessantes) e acabei por me decidir por esta taça. Quando o couscous ficou pronto e lhe meti a colher para provar, confesso que ainda fiquei indecisa quanto ao acrescentar-lhe os frutos vermelhos, de tão bom que estava só assim, mas os frutos também estavam com um ar tão apetitoso que acabei por os conjugar na taça. Sirvam fresco e se não gostarem de sabores muito doces, como eu, retirem ou reduzam o mel nos frutos assados para que o a sua acidez se complemente com o doce do couscous.

Ingredientes:
1/3 de chávena de couscous
2/3 de chávena de água
Passas e arandos secos a gosto
1 colher de chá de açúcar amarelo (2 para os mais guloso)
Raspa de 1 laranja
Avelãs ou outros frutos secos a gosto, partidos em pedaços
um punhado generoso de frutos vermelhos (usei mirtilos e amoras congelados)
1 colher de chá de mel claro
Natas batidas ou iogurte natural para servir (opcional)
Canela para servir (opcional)



Preparação:
Coloque a água, as frutas secas e o açúcar num tachinho e deixe levantar ferver por cerca de 5 minutos.
Desligue o fogão e acrescente os cosucous e a raspa de laranja. Envolva, tape o tacho e deixe descansar até o cuscus absorver toda a água e solte os grãos com um garfo e envolva as avelãs ou amendoas .
Entretanto espalhe os frutos vermelhos num recipiente que possa ir ao forno, regue com o mel e leve a assar em forno pré-aquecido a 170º, durante cera de 20 minutos ou até os frutos começarem a libertar suco e amolecerem ligeiramente. Em vez do forno pode fazer este passo no fogão, colocando os frutos e o mel num tachinho e mexendo de vez em quando para os frutos não pegarem.
Quando os frutos estiverem prontos, retire do calor e reserve. Deixe arrefecer completamente.


LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...