31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo

(imagem retirada da internet)

Feliz Ano Novo!
Boas saídas e melhores entradas!
Que as 12 badaladas da meia-noite marquem um ano própsero em saúde, alegria, felicidade e muitos sucessos.
Até para o ano!

29 de dezembro de 2010

Canja dos pobres (e dos enfartados)


Quando um fim-de-semana é gastronomicamente mais pesado ou quando atravessamos estas épocas de festas e mesas fartas a minha sopa preferida é uma canja pobrezinha, como a que se segue:

Ingredientes:
1 peito de frango
80 gr. de pevide
Água q.b.
Sal q.b.
Azeite q.b.

Preparação:
Numa panela coza, em água e sal, o peito de frango e a massa.
Quando a pevide estiver cozida, retire o frango e desfie.
Acrescente água se necessário e rectifique os temperos.
Volte a introduzir a carne na panela.
Deixe levantar fervura novamente. Acrescente um fio de azeite e desligue.

27 de dezembro de 2010

E mais um Natal ....



Começou no dia 8 de Dezembro com o colocar da árvore de Natal e enfeites. O sino na porta de entrada. As toalhas para a mesa e aparador, o centro de mesa, as velas. O presépio. Continuou com a escolha das prendas, pensando em cada um dos presenteados. O planeamento da consoada. O serviço de mesa. E dia 24 saltar cedo da cama, que é dia de festa. De homenagem ao Deus Menino. Vamos recebê-lo o melhor que podemos oferecendo a nossa casa, a nossa mesa e a alegria da reunião familiar. Os preparativos começam e só acabam quando nos sentamos todos em confraternização à volta do tradicional bacalhau cozido com batata e penca, regado com azeite e alho fervidos. Um bom vinho para brindar e os mimos que nunca podem faltar:

Aletria à antiga (mas a que acrescentei uma gema)
Pão-de-Ló (este ano para esquecer, mas valeu a intenção...)
Molotof com caramelo
Frutos secos
Queijo da Serra

No dia 25 foi rei na mesa o cabrito assado, mas aí fui apenas convidada, tendo descansado da cozinha. O jantar serve o Farrapo Velho e nos dias que se seguem vamos petiscando o que sobrou. O principal das festas passou. O Ano Novo é outra tradição, de uma alegria diferente e os Reis visitam-nos numa comemoração mais discreta, mas parra esses dias ainda nos vamos preparar.

23 de dezembro de 2010

Feliz Natal





NO PRESÉPIO

[...]
Ora, eram vindos os dias,
     segundo os signos dos céus
     e as letras das Profecias,
     - que nascia um filho de Deus.

Mas este filho real
     não foi nos céus embalado,
     não teve ouro, nem brocado,
     nem teve régio enxoval.

As nuvens não o enfaixaram
     nos seus mantos de cetim.
     Nem estrelas lhe cantaram,
     junto ao berço de marfim.

Não lhe mandou Deus enfeite
    em uma salva dourada.
    - Teve as pérolas do leite,
    - e o orvalho da madrugada!

Não lhe cantaram cantigas
     os sóis, para o adormecer.
     - Teve o ouro das espigas,
     - e os rubins do amanhecer!

Não se ergueu do seu assento
     Deus a beijá-lo na face.
     - Teve a luz do sol que nasce!
     - Teve as ladainhas do vento!

[...]

Gomes Leal (1848-1911)
História de Jesus
In Poemário 2000

Desejo a todos um Santo e Feliz Natal, cheio de saúde, paz e carinho!

22 de dezembro de 2010

Bolo Rainha


Esta é a estória de um desejado bolo rainha, pela primeira vez nascido na minha cozinha e que começou por ser um prenúncio de desastre para acabar num bolo simplesmente delicioso. Deixem-me que melhor explique: como todos sabem em primeiro lugar comem os olhos e nesta época natalícia o que não faltam por aqui são os doces do costume, entre eles o bolo rei e o bolo rainha, que, confesso, não são a minha iguaria favorita da mesa de Natal, mas tanta foto vi e tanta descrição de fazer cresce água na boca li, que decidi que tinha que tentar. Depois de muito pesquisar, ver e ler, decidi orientar-me por este bolo-rainha da Gasparzinha. Dos 3 métodos, o da MFP foi o que me pareceu mais simples e vai daí a tirar a MFP do armário. Juntei os ingredientes todos, ralei a laranja e coloquei-os na cuba da máquina sempre com uma indecisão quanto ao programa a seleccionar, uma vez que as instruções da minha máquina são demasiado básicas (tão básicas que geram mais dúvidas que certezas), mas arrisquei...no programa errado. A MFP não desandava a misturar e em vez disso só ficava ali a aquecer lentamente e eu a ver o meu bolo transformar-se num verdadeiro desperdício. E como a MFP aqueceu, também não aceitava mudar para um programa que requeria iniciar-se a frio (já para não falar que a ordem para colocar os ingredientes era bem diferente). Quinze minutos passados e já o fermento começava a querer desenvolver, sem nada a acontecer. Perdida por 100 perdida por 1000, transferi tudo para uma tigela grande, envolvi com a colher de pau, amassei, fiz uma bola e a partir daí segui os passos levedar-amassar-levedar-formar a rosca-levedar-cozer. Em vez de 170º aqueci o forno a 180º (não foi propositado, apenas mais um acidente), programei os 40 minutos e não vi que o temporizador não iniciou. Fui descansadamente aconchegar-me no sofá até que o aroma do bolo começou a invadir a casa e eu a pensar que, de facto, já deveriam ter passado os 40 minutos. Lá fui abrir o forno, o bolo estava cozido, sim, com uma cor um pouco mais escura do que estava à espera. Aguardei que esfriasse e cortei a primeira fatia. Gostos não se discutem, há quem goste do bolo-rei clarinho e macio, há quem o prefira tostado e crocante. Este estava ao segundo modo: tostado e crocante e ... delicioso. Salvou-se o dia e lá vai mais uma iguaria obrigatória para a mesa.  

Ingredientes:
Massa:
raspa e sumo de 1 laranja (50 ml)
50 ml de leite
80 gr de açúcar
50 gr de manteiga
1 ovo
2 colheres de chá de vinho do Porto
1 pitada de sal
250 gr de farinha de trigo T65 Espiga
100 gr de farinha de trigo integral
15 gr de fermento fresco (usei uma saqueta de Fermipan)

Recheio:
130 gr de frutos secos a gosto

Cobertura:
70 gr de frutos secos a gosto
70 gr de açúcar
60 gr de manteiga á temperatura ambiente

Preparação:
Triture a casca da laranja juntamente com o açúcar, ou rale a casca e misture com o açúcar.
Misture todos os ingredientes numa tigela grande e envolva com a ajuda da colher de pau. Forme uma bola com a massa, coloque-a dentro da tigela e levei ao forno a 50º por 30 minutos.
Findo esse tempo, transfira a massa para a bancada e sove-a, batendo sobre a bancada para lhe retirar o ar.
Misturei os frutos secos grosseiramente triturados.
Envolva a massa de novo numa bola, polvilhe com farinha e deixe levedar mais uma vez, no forno a 50º, por 30 minutos.
Entretanto prepare a cobertura:
Pique os frutos secos e misture os restantes ingredientes até formar uma pasta.
Retire a massa da tigela, forme uma bola, faça um buraco no meio e molde uma coroa.
Deixe levedar novamente (neste ponto o meu bolo não cresceu muito mais).
Barre o bolo com a pasta da cobertura eleve ao forno a 170º por cerca de 40 minutos.
Deixe arrefecer e polvilhe com açúcar em pó.

20 de dezembro de 2010

Creme de Couve-flor



Continuam os dias a arrefecer e o que mais gosto de cozinhar, nestas alturas, são as sopas. Só de pensar que em miúda não era grande apreciadora de sopa, que só admitia comer com um número reduzido de vegetais (sabe-se lá que legumes utilizaria a minha mãe, bem passadinhos no puré...) nunca diria que um dia me iria dar uma grande satisfação comer uma sopa quente, acaba de fazer... 
Do Festival das Sopas retive muitas receitas, qual delas a melhor, mas a primeira que, por conveniência de ingredientes, saltou da blogosfera para a panela e da panela para a mesa foi esta apresentada pela Moira, por sua vez inspirada nesta. Um creme macio, delicioso com o toque crocante da amêndoa.


Ingredientes:
1 couve-flor
1 nabo pequeno
1 batata pequena
2 cebolas
1 dente de alho
2 fatias de bacon
Azeite q.b.
Caldo de legumes q.b.
Sal q.b.
Amêndoa laminada q.b.

Preparação:
Corte a cebola e o nabo em pedaços pequenos. Esmague o alho e pele-o. Lave a couve-flor e parta os bouquets reservando alguns.
Faça um refogado com o azeite, o bacon e os legumes, em lume médio, até a cebola começar a ficar transparente. Para não queimar vá envolvendo os legumes no azeite e tape a panela para criar vapor.
Cubra os legumes com o caldo e tempere de sal.
Quando os legumes estiverem cozidos triture tudo com a varinha mágica. Se estiver um creme demasiado grosso acrescente água e corrija o sal.
Junte os raminhos de couve reservados e leve de novo ao lume para cozerem al dente. Sirva o creme polvilhado com amêndoa laminada. 

17 de dezembro de 2010

Bolo de Amêndoa com recheio de Morangos e cobertura de Chocolate


Não resisti a testar esta receita que andou e anda aí pela blogosfera. Via-a primeiro no "No Soup For You", depois n`"Os Temperos das Argas" e finalmente na fonte, "Simplesmente Delicia". Bom...só vos posso dizer que o bolo é maravilhoso e fica ainda melhor no dia seguinte, quando o recheio já teve tempo para embeber toda a massa. Escolhi a cobertura de chocolate que para mim é a melhor cobertura de qualquer bolo, mas numa próxima, e porque é receita que se repete com toda a certeza, irei usar a cobertura de iogurte da Gasparzinha.

Ingredientes:
Para o Bolo:
4 ovos
145 gr. de amêndoa moída
180 gr. de açúcar
65 gr. de farinha de trigo
80 gr. de óleo
1 pitada de sal
1 colher de chá de fermento em pó

Para o recheio:
150 gr. de morangos
1/2 chávena de água q.b.
2 colheres de sopa de açúcar q.b.

Para a cobertura:
200 gr. de chocolate para culinária
100 gr. de natas
1 colher de sopa de manteiga

Preparação:
O Bolo:
Misture a amêndoa, o açúcar e o sal.
Adicione os ovos e o óleo e mexa até os ingredientes estarem ligados.
Acrescente e farinha e o fermento, peneirados, e misture até obter uma massa homogénea.
Verta para uma forma previamente untada e polvilhada (utilizei uma forma rectangular de 20x30 e spray desmoldante).
Leve ao forno pré-aquecido a 180º por 30 a 40 minutos, testando a cozedura do bolo com um palito.
Deixe arrefecer e desenforme.

O recheio:
Enquanto o bolo coze, leve ao lume, num tachinho, os morangos partidos em pedaços, com a água e o açúcar. Deixe cozer os morangos lentamente, mas sem se desfazerem por completo. Coe e reserve quer o a calda, quer os morangos.

A cobertura:
Parta o chocolate em pedaços e derreta-o em banho-maria ou no microondas (em potência média, com golpes de calor de não mais de 1 minuto, mexendo entre cada um, assim que o chocolate continuar a derreter enquanto mexe não precisa de voltar ao microondas), juntamente com a manteiga.
Junte as natas e mexa energicamente até obter um creme liso e brilhante.

A montagem do bolo:
Apare as laterais do bolo e corte a meio.
Divida cada metade em duas partes.
Coloque uma camada de bolo no prato de servir. Molhe com 1/4 da calda de morango reservada.
Espalhe um pouco do chocolate do recheio e por cima deste distribua 1/3 dos morangos. Espalhe tudo muito bem com a espátula.
Coloque mais uma camada de bolo e repita a operação de recheio.
Faça o mesmo com a terceira camada.
Coloque finalmente a última camada de bolo. Regue com a restante calda e deixe absorver durante uns minutos.
Cubra todo o bolo com o creme de chocolate. Enfeite a gosto (usei confetis de açúcar, mas umas amêndoas laminadas teriam ficado muito bem) e leve ao frigorífico, se possível de um dia para o outro.

Aqui têm uma fatia (eu tive que congelar parte do bolo para poder resistir ao pecado da gula...):


15 de dezembro de 2010

Do tacho para a frigideira - Peixe e legumes alourados


O peixe cozido tem sido um prato frequente ao jantar e das sobras dessa refeição nasceu mais um almoço rápido e nutritivo para um dia de trabalho.

Ingredientes:
Sobras de pescada cozida
1 batata cozida
1 cenoura cozida
100 gr de bróculos cozidos
1 ovo cozido
Azeite Selecionado Espiga q.b.
1 dente de alho

Preparação:
Numa frigideira aqueça o azeite com o alho esmagado (pode acrescentar uma folha de louro).
Junte a batata cortada em fatias grossas, a cenoura em cubos e os bróculos também partidos. Acrescente o peixe limpo de pele e espinhas e o ovo partido.
Envolva tudo e desligue quando as batas ganharem cor.
Embora não tivesse acrescentado qualquer tempero, uma pitada de pimenta ficaria bem e no momento de servir um pouco de salsa fresca picada daria um sabor agradável.

13 de dezembro de 2010

Creme de abóbora com frango


Por mim, os meus jantares de Inverno resumiam-se a sopas. A disponibilidade de legumes é tanta no mercado que podemos bem fazer uma sopa diferente quase todos os dias. E nem sequer temos que nos ficar pelos legumes, porque a carne e o peixe são excelentes ingredientes para dar novas variantes à sopa, enriquecendo-as com as suas proteínas.   

Ingredientes:
2 cebolas
2 dentes de alho
500 gr. de abóbora
200 gr. de courgete
2 peitos de frango
50 gr. de massinhas (utilizei pevide)
Azeite q.b.
Sal q.b.

Preparação:
Comece por cozer os bifes de frango em água e sal. No fim da cozedura, coe a água e reserve e desfie a carne.
Numa panela faça um refogado leve com a cebola em rodelas, os alhos esmagados e a courgete e abóbora em cubos.
Quando a cebola começar a ficar transparente cubra os legumes com o caldo que reservou, acrescentando água se necessário. Tempere de sal.
Na bola de cozer o arroz coloque a pevide para ir cozendo juntamente com os legumes.
Quando os legumes estiverem macios, triture-os com a varinha mágica, acrescentando a água necessária para obter a consistência desejada

10 de dezembro de 2010

Rabanadas de Leite



E saem as primeiras rabanadas do ano. 
Por tradição de família não podem faltar na nossa mesa as rabanadas de chá, mas porque rabanadas há tantas e tradições também, e para atender a um especial pedido, este ano a estreia da doçaria natalícia coube às rabanadas de leite. Em conversa com uma amiga acerca destas coisas dos doces de natal revelou-me o seu truque para evitar a pandeguice que resulta de molhar o pão de taça em taça, do leite para o ovo e deste para sertã: misturava numa taça o leite, açúcar, ovos e natas (uma novidade para mim, embora já tenha visto receitas de rabanadas no forno com leite condensado), colocava fatias de pão-de-forma sem côdea num tabuleiro e regava-as com a mistura anterior. Levava o tabuleiro ao frigorífico durante 20 minutos e estavam prontas as rabanadas a fritar. Eu gosto de tradições e gosto das voltas e voltas da cozinha, mas confesso que às vezes...bom, às vezes nem há tempo, nem há paciência e as tradições reinventadas com truques de modernidade e facilitismos caem que nem ginjas. Por isso segui feliz e contente para a cozinha a pensar nas rabanadas mornas, polvilhadas de açúcar e canela e regadas numa calda espessa, com a felicidade redobrada por haver  um voluntário para a fase da fritura.

Ingredientes:
Para as rabanadas:
Pão de cacete com 3 dias
Ovos q.b.
Leite q.b.
Açúcar q.b.
Canela em pó q.b.

Para a calda:
250 gr de açúcar
250 ml de água
1 casca de limão
1 pau de canela
1 cálice de vinho do Porto

Preparação:
A Calda:
Prepare a calda misturando todos os ingredientes. Leve ao lume, mexa para dissolver o açúcar e quando levantar fervura conte 6 minutos e desligue. Coe e reserve.

As Rabanadas:
Corte o pão em fatias não muito muito grossas e disponha-as num tabuleiro.
Bata os ovos com o leite e adoce a gosto.
Cubra o pão com esta mistura e reserve no frigorifico por cerca de 20 minutos. Poderá voltar as fatias a meio do tempo para melhor embeberem completamente no polme.
Aqueça o óleo.
Escorra o excesso de polme das fatias de pão e frite no óleo quente.
Retire o excesso de óleo e acame as rabanadas numa travessa funda. Polvilhe-as com açúcar e canela e regue com calda.

8 de dezembro de 2010

Legumes estufados


Hoje é dia de limpeza do congelador e do frigorífico. Com a minha mania em querer aproveitar tudo, acabo por encontrar sacos e saquinhos com coisas como uma flor de brócolo, rodelas de courgete (por vezes são só as cascas...), 1 molhinho de espinafres (o que restou de uma embalagem de espinafres congelados), umas rodelas escassas de pimento...enfim...coisas que ficam pelo congelador à espera destes dias de limpeza para me lembrar do que para lá anda. Este estufado é um salva-sobras e fica muito bem com outros ingredientes, como cogumelos, abóbora ou ananás

Ingredientes:
1/4 courgete em meias luas grossas com casca
Espinafres - 1 molhinho congelado
Brócolos - 2 talos pequenos
1/2 alho francês - parte branca
1/4 pimento vermelho
1 cebola
1 dente de alho
1/2 lata de tomate pelado
1/2 dúzia de bagos de uva
Azeite Clássico Espiga q.b.
Sal q,b.
1 colher de sopa de molho de soja

Preparação:
Deite um pouco de azeite num tacho e refogue a cebola e o alho picados.
Acrescente o alho francês cortado em rodelas, a courgete, os brócolos, os espinafres e o pimento cortado em cubos.
Tempere de sal, acrescente o conteúdo da lata de tomate e deixe refogar em lume brando.
Quando estiver quase pronto junte as uvas cortadas em metades e sem grainhas, o molho de soja, envolva e deixe fervilhar mais uns minutos antes de desligar. Este prato quer-se com algum molho, bem apurado. Acompanha lindamente carnes grelhadas ou faz com uma massa cozida um belo prato vegetariano.

6 de dezembro de 2010

Arroz na MFP


Lá arranquei com mais uma experiência na MFP num Domingo sem muita paciência para a cozinha. O almoço quis-se simples: um frango à maricas na minha última versão e para acompanhar um arroz branco com cenoura. O frango tempera-se e leva-se ao forno sem grandes preocupações e o arroz lá fica a cozinhar também sem preocupações (isto mais para o fim, depois de ver que afinal ía mesmo sair um arroz cozido).

Ingredientes:
1 chávena de arroz
2 chávenas de água quente
1/2 cebola
1 dente de alho
1 folha de louro
1 talo de salsa
1 cenoura
Azeite q.b.
Sal q.b.

Preparação:
Na cuba da MFP deite a cebola e o alho picados, a folha de louro, o talo da salsa e a cnoura cortada em cubos.
Regue com um fio de azeite.
Acrescente o arroz e a água quente
Tempere de sal e programe - na minha MFP, uma Taurus, é o programa 11 - Amassar para levar ao forno.
No fim do tempo programado lá está o arroz pronto.
Apreciação: não ficou tão solto quanto esperava, mas ficou bastante saboroso e enquanto a MFP trabalhava eu tratava da sobremesa.

3 de dezembro de 2010

Bolachas 3 2 1


Estas bolachinhas faziam parte da minha lista a fazer, especialmente pela simplicidade da receita. E de facto: 3 2 1, robot de cozinha e já está. Depois é só fazer as bolinhas e amassar com o garfo ou usar o dispara-biscoitos. Encontrei esta receita aqui, no "mesa para 4"  e já as vi noutros blogues entretanto. 

Ingredientes:
300 gr. de farinha
200 gr. de manteiga
100 gr. de açúcar

Preparação:
Coloque todos os ingredientes no robot de cozinha e misture até obter uma massa bem ligada.
Use o dispara-biscoito ou faça bolinhas e coloque num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal ou com um tapete de silicone.
Utilizando um garfo achate-as um pouco.
Vai a forno pré-aquecido a 180º durante cerca de 15 minutos.
Retire deixe arrefecer e guarde-as numa caixa hermética. Não lhes posso dizer dizer durante quanto tempo as podem guardar, porque as minhas desapareceram em 2 dias, não obstante as queixas de serem muito amanteigadas.

1 de dezembro de 2010

Culinária reciclada ou Panquecas assadas de quinoa e peixe


O fim-de-semana vai ser de ausência, por isso há que dar uma limpeza ao frigorífico onde aguardam melhor destino sobras de uma refeição de peixe cozido - cerca de 1/2 marmota, 1/2 ovo,  batata, cenoura e brócolos e uma embalagem com quinoa cozida. Mais aproveitamentos e com eles participo no Desafio Culinária Reciclada, promovido pelo Delicias e Talentos.

Tenho que começar por dizer que o tema não podia ter sido melhor escolhido nesta época menos abastada que atravessamos, mas a verdade é que ele não se esgota nas dificuldades económicas pelas quais passam, actualmente, muitas famílias. Pelo contrário, a pertinência deste tema continua a existir em tempos de abastança e se calhar até com mais importância, pois é em tempos de desafogo que o desperdício é maior. Bom, e acabei por pronunciar uma palavra feia: desperdício... Pois é, tenho cá para mim que "desperdício é dinheiro deitado ao lixo" e é à conta desta máxima que lá em casa faço o possível por reutilizar e reciclar o máximo que posso. Não julguem que sou fundamentalista nesta área, de vez em quando lá vai para o lixo o que normalmente iria para a reciclagem/reutilização, mas em geral todas as semanas há uma quantidade considerável de papel, plástico e metal a cair no respectivo contentor. E se assim é a bem do ambiente com esses materiais, de outro modo não poderia ser com o frigorífico. Desde logo, porque muito antes de a reciclagem/reutilização fazerem parte do nosso quotidiano, já em casa da minha mãe, e no que diz respeito a comida, nada se deitava fora. Os restos de hortaliças, pão e alguns outros alimentos iam para as galinhas e as refeições se mais não fosse aqueciam-se, mas mesmo  que a imaginação não fosse muita, lá brilhava por vezes uma roupa velha ou uma sopa de cozido ou umas batas cozidas passadas em azeite e alho. Seja como for havia poupança justificada pela necessidade de poupar e pela fome noutras casas por esse mundo fora que fazia pensar duas vezes antes de deitar comida ao lixo. Adquiri esse hábito e hoje graças à globalização que trouxe para a porta do lado a cozinha que está do lado de lá do oceano ou no canto mais a sul ou a norte do globo, a imaginação ganhou asas e perdeu os limites. Já não nos limitamos a reaquecer a comida, mas transformá-mo-la em  pratos completamente renovados, cheios de sabor, reconfortantes e nutritivos. E agora a receita:

Ingredientes:
150 gr de quinoa cozida
Sobras de peixe cozido - cerca de 1/4 de marmotinha
Sobras de legumes cozidos - 3 metades de batata, 1/2 cenoura e brócolos
1/2 ovo cozido
1/2 cebola
1 dente de alho
Salsa q.b.
1 colher de sopa de azeite Espiga Clássico
2 colheres de sopa de leite
1 chávena de farinha


Preparação:
Retire a pele e as espinhas ao peixe.
No robot de cozinha coloque a quinoa, o peixe, os legumes, o ovo, a cebola, o alho, a salsa e o azeite e triture.
Junte o leite e volte a triturar para obter um puré.
Acrescente a farinha e envolva até ter uma massa homogénea. Não convém que fique muito seca, por isso se tiver, depois, dificuldade em trabalhá-la pode moldar caneles com a ajuda de duas colheres de sopa, ou deitar um pouco de farinha na bancada e com ela enfarinhar montinhos equivalentes a uma colher de sopa bem cheia, moldando-os em forma de disco. 
Coloque-os num tabuleiro forrado com um tapete de silicone, pincele-os com leite e leve a forno pré-aquecido a 200º. Ao fim de 20 minutos vire-os com cuidado e pincele novamente com leite. Asse por mais 10 minutos ou até estarem dourados. Retire do forno e sirva mornos ou frios, como entradas ou acompanhados de legumes estufados.

29 de novembro de 2010

Almoçar no Escritório - Salada de quinoa, pescada e legumes


De uma refeição de peixe cozido hão-de sair mais duas refeições. Esta é a primeira: uma salada, a servir quente ou morna, tendo por base a quinoa, um grão originário da América do Sul que começa a fazer sucesso pelo seu grande valor proteico, baixo teor de colesterol e ausência de gluten, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação como um dos alimentos mais completos.

Ingredientes:
1 medida de chávena de café de quinoa
Sobras de peixe cozido
Sobras de legumes cozidos - cenoura e bróculos
1/2 ovo cozido
1 colher de sopa de azeite Espiga Clássico

Preparação:
Lave a quinoa em água corrente, utilizando uma peneira, e sacuda para extraír o excesso de água.
Prepare-a segundo as instruções da embalagem.
Desfie o peixe, retirando todas as espinhas e peles.
Corte os legumes em pequenos pedaços.
No fundo de uma saladeira coloque 3 colheres de sopa de quinoa já cozida. Junte o peixe e os legumes e regue com o azeite. Envolva tudo cuidadosamente e sirva.

Fontes: http://www.fao.org/ e http://pt.wikipedia.org/wiki/Quinoa

26 de novembro de 2010

Bolo de laranja inteira


Já há bastante tempo que andava para experimentar este bolo de laranja inteira mas vinha adiando até porque durante o Verão, com o calor apetecem umas sobremesas mais aligeiradas, mas agora que o calor se foi  e  as laranjas até abundavam lá em casa, lá saltou este bolo para o forno.


Ingredientes:
2 claras
3 ovos
160 gr de açucar
1 laranja
85 gr de farinha
50 gr de óleo
10 gr de fermento

Preparação:
Lave bem a laranja e corte-a em quartos eliminado as pevides e fio branco central.
No robot de cozinha triture a laranja juntamente com o açúcar.
Num recipiente grande deite, por esta ordem, os ovos inteiros, o açúcar com a laranja, a farinha, o óleo (não deite por cima da farinha, mas à volta dela) e o fermento.
Mexa bem, até a massa estar lisa e homogénea.
Deite numa forma previamente untada e polvilhada e leve ao forno pré-aquecido a 180º por 20 minutos, findos os quis reduza a temperatura para 160º. Findos mais vinte minutos faça o teste do palito. Estando pronto o bolo retire-o e regue com o sumo de uma laranja aquecido e ao qual juntou água caso seja pouco sumo. Desenforme e deixe arrefecer antes de servir.

24 de novembro de 2010

Solha no forno com batata alourada e espargos verdes


Ingredientes:
2 solhas
2 batatas médias
1 molho de espargos verdes
1 cebola
1/2 pimento vermelho
Alho q.b.
1 limão
Salsa q.b.
Azeite q.b.


Preparação:
Com cerca de 2 horas de antecedência tempere as solhas com sal, sumo de limão, alhos laminados e salsa.
Entretanto, lave bem as batatas e coza-as em água e sal com a pele. Não deixe que se desfaçam. Retire-as da água, deixe arrefecer e corte-as em rodelas grossas.
Pré-aqueça o forno a 200º e prepare o tabuleiro para o assado: no centro do tabuleiro coloque a cebola cortada em meias luas grossas e o pimento em tiras. Sobre estes legumes pouse as solhas com  a barriga para baixo. Dos lados disponha  as batatas. Regue tudo com um golpe generoso de azeite e leve ao forno.  
Prepare os espargos e coza-os em água fervente temperada de sal durante 3 a 4 minutos. Reserve-os.
Vigie o peixe. Estando as batatas louras, volte-as e. Espalhe os espargos pelo tabuleiro e leve a acabar de assar.

23 de novembro de 2010

Criando Cores da Vida -Desafio Dia de S. Martinho


Da Ana Maria, do "Criando Cores da Vida" recebi este lindo cabaz natalício, como prenda por ter sido contemplada no sorteio no desafio do Dia de S. Martinho.
Que belos lanches vou ter nas tardes preguiçosas de Domingo. Ora digam lá que não: panquecas quentinhas, acabadinhas de fazer, com um delicioso doce de tomate e uma chávena de chá vermelho com pétalas de rosa servido num bule tão natalício.
Obrigada, minha querida, pelo miminho.

22 de novembro de 2010

Abóbora assada


Este é um acompanhamento muito simples e saboroso. Óptimo para quando faço assados no forno, aproveitando o calor do assado, uso 2 tabuleiros: o superior para o prato principal e o inferior para esta abóbora. 

Ingredientes:
1/2 abóbora manteiga
Sal aromatizado com tomilho, oregãos, louro e alecrim
2 hastes de tomilho fresco
Azeite q.b.

Preparação:
Descasque a abóbora e limpe de sementes. Parta em cubos de tamanho médio.
Coloque numa assadeira pequena e tempere com o sal e azeite. Misture o tomilho fresco.
Tape com papel de alumínio e leve ao forno até a abóbora estar amolecida.

20 de novembro de 2010

Quiche de Rúcula e Limão


Hoje a Moira vem jantar! Estou empolgadíssima, porque tal como eu, a Moira gosta de se sentar à mesa e dar largas a uma boa e amena conversa, enquanto petiscamos, saboreamos, degustamos. Adoro estes jantares de amigos à volta de uma mesa recheada de pequenos manjares, todos feitos e preparados com carinho e cuidado. Para começar fazem parte da ementa estas mini quiches de rúcula e limão que tinha marcadas para fazer, nem sei há quanto tempo, numa Blue Cooking antiga. Assim que as vi, o meu cérebro fez explodir 1001 sensações gustativas que foram ficando adiadas...até hoje. Que melhor momento para servir estas tartes salgadas que este? Rúcula e limão combinam divinamente e amigos e sabores também.  
(Receita adaptada de Blue Cooking Coleccionável nº 4)

Ingredientes (para 4 formas pequenas):
Massa:
160 gr de farinha integral
80 gr de manteiga
Água q.b.

Recheio:
1 embalagem de ricota (250 gr.)
100 gr de crème fraiche
2 ovos
Raspa de 1 limão
1 chávena de leite
1 chávena de rúcula
Sal e pimenta q.b.

Preparação:
Massa:
Numa taça misture a farinha e a manteiga fria cortada em pedaços, esfregando com as pontas dos dedos até obter um "farelo" e a manteiga estar bem incorporada. Comece a amassar e acrescente água pouco a pouco até a massa estar bem ligada.
Estenda a massa entre duas folhas de papel de vegetal com a ajuda do rolo e forre 4 formas para tarteletes.

Recheio:
Numa tigela misture todos os ingredientes, desfazendo bem a ricota.
Distribua a rúcula pelas formas e verta sobre ela o recheio.
Leve a forno pré-aquecido a 200º, por cerca de 45 minutos ou até as tartes se apresentarem douradas e aptas no teste do palito.


18 de novembro de 2010

Pannacotta de Lavanda


Tinha em casa um saco de chá de flores de Lavanda que permanecia no armário sem grande uso. Dizem que é um chá excelente para a digestão e experimentei-o uma vez, mas o aroma doce das flores é tão intenso que não o consegui beber. Por isso, lá ficou enquanto na blogosfera surgia, de quando em vez, receitas com Lavanda e eu na dúvida se as experimentava ou não, sempre com um misto de curiosidade e de repulsa. 
No fim-de-semana passado encontrei no frigorífico uma embalagem de iogurte grego já no limite do prazo e mais uma limpeza aos armários dei com o tal pacote de chá e lá me decidi por fazer uma sobremesa fresca e simples e quer serviria (caso viesse a gostar...e gostei) para me adoçar a boca durante a semana.


Ingredientes (3 formas):
1 chávena de leite
Açúcar ou adoçante a gosto
1 colheres de chá de folhas de Lavanda
2 colheres de chá de gelatina em pó
1 iogurte grego natural açucarado Nestlé

Preparação:
Aqueça o leite, sem deixar ferver, juntamente com as flores de Lavanda e açúcar a gosto.
Deixe repousar por cinco minutos e coe o leite.
Coloque a gelatina num recipiente pequeno e salpique com água fria. Deixe hidratar e leve ao microondas para derreter.
Junte a gelatina derretida ao leite ainda morno e mexa bem.
Junte o iogurte, batendo com a vara de arames.
Distribua por formas de gelatina ou taças individuais, previamente passadas por água fria e leve ao frigorífico até solidificar.
Para desenformar mergulhe as formas por breves segundos em água quente.
Servi com  molho de groselhas em geleia de vinho do Porto, mas também a imagino simples ou com curd de limão ou molho de chocolate.

17 de novembro de 2010

Porco assado com batata e marmelos



Outono. Domingo. Nuvens e frio. Deixamos a churrasqueira, no terraço, descansar até ao próximo ano.   Entramos em casa. Fechamos a porta e é tempo de ligar o forno e espalhar aromas pela casa. O almoço prolonga-se sem pressas. Saboreia-se e preguiça-se o resto do dia.
  
Ingredientes:
750 gr de carne do cachaço
Vinho branco q.b.
Sal q.b.
1 folha de Louro
Piri-piri q.b.
4 a 5 dentes de alho
1 colher de chá de massa de pimentão
Azeite Espiga Clássico
1 cebola média
Batata para assar q.b.
Marmelos q.b.

Preparação:
Na véspera faça uma marinada com sal, alhos esmagados, louro, piri-piri e vinho branco e regue a carne. Guarde-a no frigorífico em recipiente tapado, dando uma volta na carne passado umas horas.
No dia, coe a marinada e reserve o liquido. Aos alhos junte mais 1 dente esmagado, sal, a massa de pimentão e 1 colher de sopa de azeite. Esmague tudo até obter uma pasta e esfregue a carne. 
No tabuleiro de ir ao forno coloque no meio uma cebola cortada em meias luas grossas e pouse sobre ela a carne. Regue com o liquido que reservou da marinada.
Descasque as batatas e dê-lhes um golpe. Disponha-as à volta da carne e tempere de sal.
Descasque e parta os marmelos em quartos e disponha no tabuleiro.
Regue tudo com um fio de azeite e leve e a forno pré-aquecido a 220º, podendo diminuir  a temperatura assim que tostar.
Sirva com uma salada de folhas verdes e tomate.

Nota: Nesta refeição utilizei o Azeite Espiga Clássico, oferta das Fábricas Lusitana, que passou com distinção na primeira prova.
(imagem retirada de www.lusitana.pt)

15 de novembro de 2010

Sopa de feijão verde



Mais uma sopa de feijão verde...eu sei que feijão verde é feijão verde. Ponto final. Eu sei, mas o feijão verde é um recorrente lá de casa, porque gostamos e porque resiste bem no frigorífico durante muito tempo e por isso tenho sempre um molho dele lá no cantinho da gaveta para quando não encontro nada no mercado que me agrade ou quando não há tempo para ir ás compras e, assim,  não resisti em trazer mais esta, que ficou bem cremosa e que me sabe tão bem nos dias de Outono que atravessamos. 

Ingredientes:
2 cebolas
2 dentes de alho
1 nabo pequeno
1 courgette média
2 cenouras
Água ou Caldo de legumes q.b.
Azeite q.b.
Sal q.b.
150 gr de feijão verde

Preparação:
Lave e retire os fios laterais ao feijão-verde. Corte em pedaços e reserve.
Descasque as cebolas, o nabo, as cenouras e a courgette (pode juntar a casca da courgette, mas lá em casa os vestigios verdes não são de muito agrado) e parta em pedaços.
No fundo da panela deite um fio de azeite e junte os legumes arranjados e os alhos esmagados. Juntei também 4 vagens do feijão verde inteiras. Deixe refogar por uns minutos, sem queimar, de preferência com a panela tapada, para criar vapor. Cubra com água quente ou caldo de legumes quente. Tempere de sal.
na bola de cozer arroz coloco o feijão verde cortado, fecho a bola e coloco-a dentro da panela. Assim o feijão coze quase ao vapor, sem perder vitaminas e ganhamos tempo.


Quando os legumes estiverem cozidos retire a bola, escorrendo bem e reserve o feijão verde. Triture os legumes, retifique os temperos e acresce água se necessário. Junte o feijão-verde já cozido. Volte a ferver se tiver acrescentado água. Desligue e sirva.

11 de novembro de 2010

Um Crumble de Outono


Pois é..por estes blogues fora há cheiros e sabores de Outono. As maçãs, os marmelos, as sopas e os pratos quentes e substanciais começaram a chegar às nossas cozinhas, a pouco e pouco, cada um entrando na sua vez. Batem à porta, agora, as castanhas, por entre chuva e frio, ansiando que S. Martinho faça, mais uma vez, o seu milagre e nos dê o último sopro de Verão do ano para o celebrarmos condignamente. Nas escolas  os miúdos chamuscam, felizes, as faces com a fuligem onde assaram as castanhas do magusto (lembram-se? LOL A minha mãe não achava piada nenhuma a esta brincadeira). À noite, em casa, mais castanhas saem do forno bem douradas, mas antes de as assar, reservo algumas para esta sobremesa frutada de Outono que vou oferecer á Ana Maria para festejar o 1º aniversário do "Criando Cores da Vida".

Ingredientes:
1 maçã
1 pêra
1 marmelo
100 gr. de uvas pretas
40 gr. de uvas brancas
1 punhado de uvas passas
1 chávena de farinha integral
1/2 chávena de aveia
1/4 chávena de açúcar mascavado
6 castanhas
50 gr. de manteiga
1 cálice de vinho do Porto

Preparação:
Comece por demolhar as uvas passas no vinho do Porto.
Retire a casca das castanhas e leve a cozer em água. Assim que estiverem cozidas, passe-as por água fria e pele-as.
Prepare o crumble:
Numa taça junte a farinha, aveia e o açúcar e a manteiga fria cortada em pedaços. Com as pontas dos dedos  amasse até ter migalhas. Acrescente as uvas passas escorridas e a as castanhas grosseiramente esmagas com a mão.
Corte os bagos de uva a meio e retire as grainhas e coloque num recipiente para ir ao forno.
Descasque a maçã, a pêra e o marmelo, corte em pedaços médios, junte ás uvas e polvilhe com açúcar. Regue com o vinho de Porto em que demolhou as passas.
Espalhe o crumble por cima das frutas e leve ao forno pré-aquecido a 180º até o crumble estar dourado. Sirva quente ou morno.

10 de novembro de 2010

Bifes de frango com molho de vinho branco, cebola e chouriço


O Outono traz-nos mesmo a nostalgia à alma. O molho que acompanha estes bifes de frango é uma adaptação daquela que foi talvez uma das minhas primeiras "criações" na cozinha. Costumava fazê-lo para acompanhar bifes de vaca e apenas com enchidos. A escolha da carne faz a diferença: um bife de vaca é mais suculento, liberta líquidos que ajudam a apurar o molho juntamente com qualquer gordura que a carne contenha, mas como é um molho que se permite a muitas variações é sempre possível improvisar e adaptar a outros ingredientes.


Ingredientes:
Bifes de frango q.b.
3 dentes de alho
1 limão
1/2 cebola
1/4 de chouriço
1 copo de vinho branco
Salsa q.b.
Sal q.b.
Azeite q.b.

Preparação:
Tempere os bifes com sal, 2 dentes de alho fatiados e sumo de limão e guarde no frigorífico pelo menos por  30 minutos.
Pique a cebola, 1 dente de alho e salsa a gosto. Parta o chouriço em cubos pequenos. 
Unte uma frigideira com azeite e grelhe os bifes deixando-os dourados de ambos os lados. Retire-os para um prato e mantenha-os quentes.
Entretanto deite mais um pouco de azeite na frigideira, deixe aquecer e regue com um pouco de vinho. Raspe todos os sucos com uma espátula e acrescente o picado de cebola, alho e salsa e o chouriço. Envolva e deixe fritar um pouco. Acrescente o vinho e deixe ferver em lume brando até reduzir para metade. 
Regue os bifes com este molho e sirva. 

9 de novembro de 2010

Creme de Alho Francês



Ingredientes:
2 cebolas pequenas
1 cenoura
200 gr de abóbora branca
200 gr de alho francês (parte branca)
1 batata pequena
Azeite q.b.
1,2 lt de caldo de legumes

Preparação:
Pinte o fundo de uma panela com azeite.
Parta os legumes em pedaços pequenos e leve a refogar no azeite.
Acrescente o caldo de legumes (ou água em igual quantidade e um cubo de caldo de legume industrial) e deixe cozinhar até os legumes estarem cozidos.
Se utilizar caldo de legumes caseiro é natural que tenha que acrescentar algum sal. Se utilizar caldo de compra dispense o sal por completo.
Reduza tudo a puré e passe pelo passador chinês para retirar todas as fibras do alho francês e da abóbora que a varinha não tenha conseguido desfazer.
Sirva quentinho numa noite fria.

4 de novembro de 2010

Pavlova de Pêra e Chocolate


Os bolos de claras, estilo molotof e pavlovas sempre me meteram muito respeito. Tenho sempre a sensação de que vão abater, desabar, acabar num triste amontoado de claras cozidas que terão qualquer uso, menos brilhar merecidamente no centro da mesa e por isso optava por dar outros usos às claras sobrantes, deixando para outras oportunidades uma receita mais sublime. Até que este post da Suzana ficou a bailar na minha memória, num rodopio estonteante e eu, que não sou bailarina, não sei fazer piruetas e não me sustenho em pontas, tive que ceder, arriscar e trazer para o centro do palco (leia-se mesa) esta sobremesa de encantar. Quando provei a primeira colherada deste bolo fiquei completamente rendida à sua textura macia a desfazer-se na boca numa combinação perfeita com o chocolate. 
Quanto à escolha das pêras: fiz este bolo numa altura em que as pêras D. Joaquina faziam a sua breve aparição no mercado e nessa altura do ano são sempre elas que reinam e como a pêra é para mim uma excelente companhia do chocolate esta era a escolha que se impunha. 

Ingredientes:
Para a Pavlova:
3 claras
120 gr de açúcar
Amêndoa laminada q.b. para enfeitar
Para as pêras:
4 pêras Joaquina (pode usar outra qualidade adaptando a apresentação ao tamanho da pêra)
1 chávena de água
1/4 chávena de vinho do Porto
1/4 chávena de açúcar
Para a calda de chocolate:
1/2 chávena de açúcar
1/4 chávena de água
45 gr. de cacau (utilizei chocolate em pó mais uma fila de chocolate em barra)
1 colher de chá de manteiga

Preparação:
A Pavlova:
Comece por bater as claras em velocidade baixa.
Quando começarem a ganhar volume vá acrescentando o açúcar aos poucos continuando a bater, mas agora em velocidade elevada, até obter um merengue liso e brilhante.
Forre um tabuleiro com papel vegetal, coloque um aro de 20 cm no centro (utilizei um de 18 cm) e verta as claras no aro (se tiver paciência utilize o saco de pasteleiro), alisando com a espátula e formando uma ligeira concavidade no centro.
Leve a forno pré-aquecido a 150º por 1 hora. Desligue e deixe a Pavlova arrefecer dentro do forno.
Quando estiver fria, desenforme para um prato.
As Pêras:
Descasque as pêras e leve a cozer numa calda feita com a água, o vinho e o açúcar, até conseguir espetar um palito com facilidade. Não deixe cozer demais. Reserve.
A calda de chocolate:
Leve a água e o açúcar a lume médio. Quando começar a ferver diminua para o mínimo e conte 3 minutos. Acrescente o cacau peneirado e deixe levantar fervura novamente. Desligue Junte a manteiga e, se for o caso, o chocolate em barra partido em pedaços. mexa até se dissolver.
Finalmente:
Regue o centro da Pavlova com alguma calda de chocolate.
No centro disponha uma pêra inteira, com o pedúnculo.
Parta as restantes em quartos ou oitavos, consoante o tamanho, retire o centro com as sementes e disponha em volta da pêra inteira.
Regue toda a Pavlova com a calda e polvilhe com amêndoa laminada.
Deite a calda sobrante numa molheira e sirva à parte para os mais gulosos.


P.S. - Querida B.V. bem sei que este não é um bolo de aniversário tradicional, mas assim que me propus a publicar este posto lembrei-me do teu passatempo e pensei: porque não quebrar as regras de vez em quando?  se bem o pensei melhor o fiz e aqui tens um bolo de aniversário bem especial.

3 de novembro de 2010

Sardinhas Fritas numa espécie de escabeche



Foi este post da Mónica que me aguçou o apetite para um escabeche. Este foi confeccionado num desses dias de Verão em que nos sentamos preguiçosamente à mesa, ao ar livre, e absorvemos todas as gotas de luz que caem sobre o rosto ao sol. Desse calor já nem vê-lo. Almoçaradas no terraço serão até para o ano. Mas o escabeche ... porque não repeti-lo em jeito de lembrança desses dias e de espera pelos que hão-de voltar?

Ingredientes:
Sardinhas q.b.
1 cebola
1 dente de alho
1 pimento vermelho
1 folha de louro
Farinha de milho q.b.
Azeite e óleo q.b.
Vinagre q.b.
Sal q.b.

Preparação:
Utilizei sardinhas pequenas, mesmo ao jeito para fritar, que temperei de sal e embora o escabeche dispense esta operação, passei por farinha de milho e fritei numa mistura de azeite e óleo (para um verdadeiro escabeche não passe as sardinhas pela farinha e frite-as apenas em azeite, o qual há-de aproveitar para o passo seguinte). 
Reservei as sardinhas e preparei o molho de escabeche:
Parti a cebola em rodelas finas, o alho em lâminas e o pimento, limpo de sementes, em tiras.
Deitei um golpe generoso de azeite numa frigideira e em lume médio/brando fritei a cebola, juntamente com o alho, o pimento e a folha de louro, tendo o cuidado de não deixar queimar. 
Quando a cebola começou a amolecer juntei cerca de 1/8 de chávena de vinagre. Deixei levantar fervura e desliguei. 
Reguei as sardinhas com este molho e não resisti a comer uma ou duas. As restantes foram para o frigorífico, cobertas com película aderente e foram servidas como entrada no dia seguinte.

2 de novembro de 2010

Pasta de Azeitona


Não gosto de azeitonas, sejam elas quais forem. Não gosto do sabor, nem do cheiro, nem gosto de as misturar em saladas porque onde tocam deixam o seu sabor característico. Não podemos gostar de tudo. Quem sabe um dia se não acabo por morrer de amores por elas, mas para já não. O que não quer dizer que  não feche os olhos a esta minha falta de gosto (grande falta de gosto, hão-de muitos dizer) se a ocasião assim o ditar: é que  a quem se senta à nossa mesa gostamos de agradar e se nós não gostamos, mas outros gostam vamos lá levar as azeitonas à mesa pela nossa mão, como que a dizer que gostamos da companhia e que queremos que se repitam estes momentos de convívio.

Ingredientes:
100 gr. de Azeitonas a gosto
Azeite q.b. (usei 2 colheres de sopa)
Oregãos q.b.
1 dente de alho
1 colher de chá de alcaparras

Preparação:
Descaroce as azeitonas.
Coloque no liquidificador ou no copo da varinha mágica todos os ingredientes e triture tudo.
Se a pasta ficar muito "dura" acrescente mais azeite, mas tenha em atenção que a própria azeitona vai largar algum liquido.

29 de outubro de 2010

Do reino das memórias para o Reino da Prússia

Sofia,
Quando vi o teu desafio achei-o simplesmente delicioso, ou não estivéssemos nós a falar de comidinhas, iguarias e afins, tudo bem temperado de doces memórias. E começando a rebuscar as minhas pequenas estórias acabei por descobrir que nas minhas memórias de infância existem inúmeras referências a sabores e aromas, por isso não vou aqui contar nenhuma estória, mas partilhar essas memórias que me são tão queridas. 
São as memórias das férias passadas em casa da minha madrinha, onde a minha avó me acordava com um pequeno-almoço na cama. Uma chávena de café (de cafeteira) e um pão com manteiga. Nunca gostei de café com leite, pelo menos das chávenas almoçadeiras de café com leite que se davam às crianças naquela altura. Ainda hoje o muito que consigo tomar é um pingo directo, já a meia de leite ou galão, nem pensar. Mas aquele cafézinho de borra e eu a molhar o pão no café...hummmm. E à hora do almoço? Lá vinha a avozinha fazer o meu prato favorito: bife com ovo a cavalo e batatas fritas, numa frigideira pequena, preta de tanto uso, onde as batatas eram embebidas em pouco óleo e aí fritavam, reviradas vezes sem conta com um garfo até estarem tostadinhas. Batata frita igual nunca mais comi, desde então. E era o arroz, cozido num caldo bem apurado: estala-se a cebola, deita-se um pouco de água, apura-se, mais um pouco de água, apura novamente, só então a água necessária, mais uma boa fervura e entra o arroz e novamente ferve a água e só então se reduz o lume para o mínimo. Está pronto o arroz, mas o almoço está atrasado: embrulha-se o tacho em papel de jornal até à hora de servir.
São as memórias da Páscoa e do arroz de cabidela e do Pão-de-Ló molhado num cálice de vinho do Porto (nesta altura o Pão-de-Ló era o único doce festivo que comia).
Das mesas de festa, com a toalha de linho e a louça de porcelana, religiosamente guardada nos armários para as ocasiões especiais.
São as memórias das larocas que o meu pai trazia da casa da mãe, minha avó paterna.
Da mercearia que ela tinha, com o balcão comprido e a balança de pesos. O quarteirão de broa de milho (como eu gostava da côdea dura), o bacalhau salgado empilhado e cortado ao gosto da freguesa. Conta aponte no Livro para ser paga ao fim do mês.
São as memórias das sandes de batatas fritas.
Das constipações e do chá de limão, que ainda hoje não suporto. 
Era a sopa com pedacinhos de cebola, que eu, esquisita, rejeitava, resmungando, que isto tem cebola e eu não gosto e a desculpa esfarrapada: não tem nada, caiu um bocadinho na panela quando estava a fazer o arroz.
São as memórias dos passeios de escola, de cesto de pic-nic recheado de coisas boas preparadas de véspera: o frango assado, panados, croquetes de batata que faziam um furor e eu orgulhosa porque tinham sido feitos pela minha mãe.
Era o pão doce coberto de açúcar que a minha mãe trazia da feira dos Carvalhos, à Quarta-Feira. 
As visitas a casa dos tios em Guimarães, que logo se apressavam a descer à adega para ir buscar um bom salpicão e o vinho tinto que serviam na malga. Salpicão que eu não comia e vinho que não bebia, mas ficava a observar o ritual e a alegria que reinava à volta da mesa.
São as memórias das primeiras incursões culinárias (doçaria, pois claro): salame de chocolate, mousse de chocolate e uma taça de camadas de mousse de chocolate, natas e bolacha ralada. 
Era o caderno de receitas da minha mãe, escrito à mão, com receitas que me punham a sonhar.
São as memórias das minhas raízes gastronómicas. Memórias que andam à solta e de vez em quando lá vem uma fazer uma visitinha, obrigando-me a recriar tais sabores e eu obedeço com um prazer desmedido. E é também com prazer desmedido que partilho estas minhas memórias com os habitantes do Reino da Prússia, esperando que este seja apenas o primeiro de muitos anos de partilha de receitas e de memórias.
Parabéns Sofia no Reino da Prússia!

28 de outubro de 2010

Doce de Ameixa Branca e Maçã Bravo de Esmolfe


Continuando a saga das compotas, junto à prateleira esta de ameixa branca e maçã. Doce feito no micro-ondas (pela rapidez e simplicidade de elaboração), ficou com um sabor excelente e uma linda cor dourada. 


Ingredientes:
1 maçã Bravo de Esmolfe de tamanho médio
3 ameixas brancas (juntamente com a maçã, depois de descaroçadas, totalizava cerca de 430 gr. de fruta)
200 gr. de açúcar
1 limão

Preparação:
Parta as ameixas em pedaços, reservando os caroços.
Deite num recipiente alto próprio para ir ao micro-ondas.
Regue com o sumo de limão.
Descasque e descaroce a maçã e reserve quer as cascas, quer os caroços (utilizei um descaroçador de maçã e juntei a polpa retirada desta forma).
Parta a maçã em pedaços pequenos (esta tarefa tem que ser executada rapidamente, pois a maçã Bravo de Esmolfe oxida facilmente).
Misture as frutas, deite o açúcar, junte os caroços e cascas (ricas em pectina), envolva e leve ao micro-ondas por 5 minutos em potência alta. Findo este tempo mexa para envolver bem frutas e calda. Repita a operação mais 2 vezes. Retire os caroços e as cascas da maçã. Triture com a varinha mágica, mas de forma a deixar pedaços de fruta. Verta para um frasco esterilizado.

27 de outubro de 2010

Carne estufada com feijão verde e batatinha a vapor


Inaugurando os dias de Outono com uma comida mais quente e farta. saiu da minha cozinha esta carne estufada à moda da minha mãe e que eu muito gosto. Porque comecei a cozinhar já um pouco próximo da hora do jantar, optei por a fazer na panela de pressão que é uma grande aliada nestas coisas de cozeduras demoradas. 

Ingredientes:
1kg de novilho para cozer (Novilho dos Açores)
1 cebola média
1 cenoura
1 tomate maduro
1 dente de alho
1 folha de louro
1 pontinha de piri-piri
1 mão cheia de feijão verde
Vinho branco q.b.
Azeite q.b.
Sal q.b.
Para acompanhar: batatinha nova q.b.

Preparação:
Lave bem as batatas, sem descascar, e dê um golpe em cada uma. Reserve.
Corte a carne em pedaços generosos.
Descasque a cenoura e corte em cubos.
Lave o tomate e retire as sementes. Parta-o, igualmente, em cubos.
Pinte o fundo da panela com azeite e refogue a cebola cortada em gomos, juntamente com a cenoura, o tomate, o alho esmagado, o louro e o piri-piri. Vá mexendo para não deixar queimar. Assim que a cebola começar a ficar transparente e o tomate desfeito, refresque com uma golpada de vinho.
Deixe reduzir a acrescente a carne. Tempere de sal. Deixe a carne ganhar cor de todos os lados. Acrescente água, quase a cobrir a carne. Coloque o cesto de vapor e nele as batatinhas. Feche a panela e proceda conforme instruções. Conte 20 minutos de cozedura. No meu caso, deitei pouca água e tive que abrir a panela passados cerca de 15 minutos e acrescentar água. Aproveitei para tirar as batatas e pelá-las e preparar o feijão verde retirando os fios laterais e cortando em pedaços, enquanto a carne cozia mais 10 minutos na pressão. Findo esse tempo, abri de novo a panela, rectifiquei os temperos e água e juntei as batatas e o feijão verde. Mais 7 minutos  em pressão e estava pronto o jantar.

26 de outubro de 2010

Sopa de lentilhas com espinafres





Depois das saladas, reinam as sopas quentes e substanciais para nosso aconchego.


Ingredientes:
200 gr. de courgette
200 gr. de abóbora
1 cenoura
1 cebola
1 dente de alho
1/4 de chávena lentilhas
100 gr. de folhas de espinafres
Azeite q.b.
Sal q.b.
Água q.b.

Preparação:
Parta a courgete, a abóbora, a cenoura e a cebola em pedaços e deite tudo na panela de pressão. Acrescente o alho esmagado e as lentilhas. Cubra com água e tempere de sal.
Feche a panela e leve ao lume, contando 20 minutos após o soar da "bailarina".
Entretanto coza os espinafres. Reserve.
Desligue, abra a panela e reduza os legumes a puré.
Quando uso lentilhas ou outros ingredientes com casca ou muito fibrosos, passo sempre o puré pelo menos 2 vezes, pelo passador chinês.
Acrescente água se necessário e rectifique o sal.
Junte os espinafres, leve de novo ao lume.
Começando a ferver acrescente um fio de azeite e desligue.

22 de outubro de 2010

Bilhete Postal - A Tasquinha do Fumo


Hoje uma sugestão de passeio e de bem comer a quem for para os lados de Baião: "A Tasquinha do Fumo".
Engana-se quem pensa que vai encontrar (pelo menos para já) um restaurante no verdadeiro sentido da palavra. Não, o que vão encontrar é, em plena serra da Aboboreira, uma casa de portas abertas a quem vier com bom apetite, o que não é difícil de ter com os ares sadios da serra. Chegamos lá de improviso por recomendação de quem já conhece a Tasquinha, mas não é má ideia ligar antes, uma vez que é frequente a casa encher com pequenos grupos.
A casa, situada numa povoação pequena, tem no rés-do-chão uma tasca de balcão corrido onde os anteriores proprietários serviam petiscos a caminheiros e caçadores e aos devotos de S. Brás que lhe dão graças nas festas que correm na primeira semana de Fevereiro. Falecidos os donos da "tasca" o Sr. Artur e a D. Isabel tomaram-lhe as rédeas e abriram a sala de jantar da casa, no andar de cima, a todos que quisessem mais que uns petiscos. Mesas e bancos corridos com toalhas ao xadrez, fazem as honras, numa sala de soalho velho e paredes caiadas, decorada ainda com móveis deixados pelos seus donos. A cozinha, à qual se acede apenas pelo exterior, guarda um forno a lenha de onde saem pratos suculentos, depois de a lenha arder por duas horas  para que o forno atinja a temperatura necessária para cumprir a sua função. Desta cozinha e dos dias frios enevoados pelo fumo da lareira, mas a que todos acorriam pelo aconchego do calor, nasceu o nome da tasquinha: "Tasquinha do Fumo".
Quando chegamos, sem aviso prévio, a casa estava vazia, mas aguardava um grupo, o que não foi problema algum, porque sempre se arranjava qualquer coisa. Demos um passeio pela aldeia - Almofrela - para esticar as pernas e respirar o ar do campo. Ao longe os sinos do gado faziam-se ouvir e nisto lá vem um rebanho de cabras, certinhas pelo caminho, a mando da sua pastora. Malandrecas, iam petiscando umas couves pelos campos à beira do caminho, sem pena de derrubarem a rede que os cercava.
A fome já apertava e o Sr. Artur e a D. Isabel, simpatiquíssimos e atentos anfitriões, já tinham na mesa, à nossa espera, pão como se quer e saborosíssimas fatias de presunto, a que se juntaram umas pataniscas de bacalhau quentinhas e cebola rachada (cebola aberta em quatro quase até ao fundo, temperada de sal e vinagre de vinho tinto). Uma vez que tínhamos chegado sem avisar, o Sr. Artur ía improvisar uma vitela com batata a murro, mas como o grupo chegou mais pequeno que o previsto, acabamos por comer uma galinha do campo assada, macia e suculenta, com arroz de forno. Um tinto da casa fez as honras à refeição e para uma sobremesa uma pêra bêbada como deve ser. Se por lá quiserem passar mas reservar antes fiquem a saber que são também famosos por aquelas bandas o arroz de cabidela e o anho no forno. Por mim, lá voltarei...    

P.S. Para lá chegar procurem pelo Centro Hípico de Baião e sigam essa estrada serrania. Vão passar por uma pequena povoação deserta e a seguinte é Almofrela. A Tasquinha fica logo à entrada, na primeira casa e tem estacionamento. De qualquer forma, podem procurar no Google por Almofrela, Baião. 

21 de outubro de 2010

Bolo de iogurte e maçã


- Andava com vontade de utilizar umas maçãs que começavam a enfezar na fruteira sem ninguém lhes dar uso.
- Andava com vontade de experimentar uma dica que vi no livro "Receitas para viver melhor lidando com o Colesterol", que indicava um substituto para os ovos na confecção de bolos:  reduz-se o o número de ovos de uma receita para apenas 2 ovos e substituindo cada um dos restantes por: 1 colher de sopa de leite + 1/2 colher de sopa de sumo de limão+1/2 colher de sopa de bicarbonato de sódio.
- Andava com vontade de experimentar um bolo na MFP.
Então:
- Porque não um bolo de maçã?
- Então se vou fazer um bolo, porque não experimentar esta dica?
- Os programas da minha MFP (da Taurus, passando a publicidade) não coincidiam com os que normalmente são indicados nas receitas. Achei que era capaz de sair uma grande bodegada, por isso, já que tinha o forno ligado, era melhor o método tradicional. Depois estudo esta questão dos programas.

Lancei mãos à obra. O resultado foi um bolo bem húmido, com uma deliciosa capa caramelizada e apesar de o bolo de maçã fazer lembrar os dias pequenos e frescos do Outono, este sabe muito melhor se for servido bem frio.

Ingredientes:
2 ovos
1 iogurte
2 copos (medidos pelo de iogurte) de açúcar + 2 a 3 colheres de sopa
2 copos (medidos pelo de iogurte) de farinha
2 maçãs
1 colher de sopa de fermento
2 colheres de sopa de leite
1 colher de sumo de limão
1 colher de bicarbonato de sódio
Calda para humedecer

Preparação:
Numa taça pequena comece por deitar o leite, acrescente o sumo de limão e misture o bicarbonato. Deixe repousar. 
Descasque as maçãs e pique uma delas, partindo a outra em fatias finas. Reserve (regue com sumo de limão para não oxidarem).
Numa taça grande misture bem os ovos, a maçã picada, o açúcar, a farinha, o substituto dos ovos e o fermento.
Distribua a maçã fatiada pelo fundo de uma forma e polvilhe com açúcar. Verta a massa do bolo e leve a forno pré-aquecido. Normalmente pré-aqueço a 180º, diminuindo para 170º ao fim de 20 minutos. Neste caso, e porque no forno estava já uma quiche a assar, arrisquei a iniciar nos 200º por 20 minutos e diminui para os 180º, deixando cozer por mais 15 minutos. O bolo ficou com uma cor mais tostada que o habitual, mas não queimado, nem seco.
Regue com 1/2 chávena de calda de açúcar leve ou de geleia de fruta dissolvida em água quente.
Deixe arrefecer e leve ao frigorífico para ficar bem fresco antes de servir.

Para cozer o bolo usei uma forma de silicone e cheguei à conclusão que estas formas, tão práticas, estão proibidas cá em casa: estava ainda o bolo no forno e já se perguntava insistentemente o que é que cheirava tão bem. Saído do forno não adiantou explicar que era necessário que o bolo arrefecesse completamente para desenformar. A pressão foi tanta que acabei por tentar desenformar o bolo quente. O resultado já se imagina, uma parte do bolo ficou agarrada na forma, mas lá consegui reconstitui-lo e servir uma tão almejada fatia. O que vêm na foto é a parte do bolo que não sofreu danos.O resultado foi um bolo bastante húmido, embora com a massa mais densa e eu goste mesmo é daqueles bolos muito leves, mas lá diz o ditado que "o que é doce nunca amargou".

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