31 de dezembro de 2015

Amanhã é sempre um novo dia


Em 2016 são 366 dias, por isso temos um bónus de mais uma página, 
mais um amanhã para darmos o melhor de nós, 
para nos apreciarmos, 
para fazermos feliz quem está ao nosso lado nesta caminhada, 
para sorrirmos, rirmos, aplaudirmos, 
para chorar também, 
para errar porque todos erram, mas termos a capacidade de reconhecer que erramos
para tropeçar, cair, levantar, limpar as lágrimas e continuar a caminhar, 
escolhermos os caminhos que queremos seguir, voltar a trás se nos enganarmos, sem medos
para celebrarmos a amizade e os amigos de coração
para celebramos a familia
para nos lembramos dos que partiram, mas que na verdade permanecem cá
para partilharmos a vida!

Um Bom Ano 2016!!!

22 de dezembro de 2015

Frutos secos salgados



Este ano não deixei ficar muito tarde os presentes "home made" com que gosto de presentear os amigos. Compotas que se foram fazendo com os sabores do Verão e granola caseira, foram este ano os eleitos, mas como a festa se faz também à mesa e todos gostam de petiscar entre dois dedos de conversa, fui adiantando uns petiscos ligeiros para ajudar à conversa.
Estes frutos secos salgados são uma perdição, bem crocantes só apetece morder até acabarem. usem as especiarias que mais gostarem e atrevam-se a a novos sabores. Esta é daquelas receitas que se tornam clássicos e que vamos repetindo e recriando até à exaustão.

(Fonte"As Receitas da Mafalda", de Mafalda Pinto Leite e "Natural - O Grande Livro da Cozinha Vegetariana", de Joana Alves)
Ingredientes:
1 chávena de frutos secos e sementes (usei nozes, amêndoas, pistacios e sementes de abóbora)
1 colher bem cheia de mel
1 pitada de flor de sal
1 pitada de paprika
1 pitada de piri piri em pó

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 170º.
Misture todos os ingredientes numa tigela.
Espalhe os frutos num tabuleiro, sobre uma folha de papel vegetal, de forma a que não fiquem sobrepostos.
Leve a assar por 10 a 15 minutos, voltando-os a meio do tempo e vigiando para que não queimem.
Retire do forno e deixe arrefecer.
Guarde num frasco hermético.

15 de dezembro de 2015

Penne com molho de beterraba e coco


Numa fase em que ando a experimentar novos ingredientes na cozinha, nomeadamente bebidas vegetais, caiu que nem ginja a oferta de uma embalagem de leite de coco Ayam, marca que ainda não conhecia e que veio acompanhada do desafio para criar uma receita com este ingrediente. Ora, se forem como eu, que ando sempre atenta a novidades nas prateleiras dos supermercados, também não resistiriam. 
Entre uma óbvia receita doce ou uma básica receita para o pequeno-almoço, acabei por optar por uma simples e deliciosa massa, onde se combinam os sabores terrosos da beterraba e o doce do leite de coco. 



(serve 2)
Ingredientes:
3 beterrabas grandes (pode usar beterrabas já cozidas ou assadas)
1 cebola, picada
1 dente de alho, picado
200 ml de leite de coco Ayam
1 colher de sopa de óleo de coco ou azeite
1 haste de tomilho, só as folhas
1 colher de chá de gengibre fresco ralado
Sal q.b
Coentros frescos picados ou secos, a gosto.
Penne q.b.

Preparação:
Coza a massa em água abundante e sal, até ficar al dente (eu prefiro interromper a cozedura quando está quase, quase al dente, uma vez que a massa vai ser envolvida no molho quente, acabando por ficar no ponto certo). Coe, reservando alguma água da cozedura, passe por água fria e reserve.
Corte as beterrabas em cubos pequenos e reserve.
Aqueça o óleo de coco numa caçarola larga e junte a cebola e o alho picados.
Deixe refogar, em lume médio, durante cerca de 5 minutos, até a cebola começar a amolecer, mas sem qeimar.
Junte o gegibre e deixe refogar mais 1 minuto.
Acrescente 1 chávena de água (use a água de cozedura da massa) e deixe levantar fervura, acrescentando, então a beterraba e o tomilho. Tempere de sal.
Tape a caçarola e deixe cozinhar em lume médio/baixo até a beterraba ficar tenra, vigiando para que a calda não seque. Se usar beterraba já cozinhada, 10-15 minutos são suficientes.
Acrescente o leite de coco, retifique os temperos e deixe fervilhar por dois minutos, sem a tampa.
Se gostar de texturas diferentes, retire uma porção de beterraba, com uma escumadeira, e reserve.
Triture o restante com a varinha mágica e leve de novo ao lume, deixando reduzir um pouco.
Acrescente a massa e a beterraba reservada, deixe levantar fervura novamente para aquecer a massa.
Sirva polvilhado com coentros a gosto. 


10 de dezembro de 2015

Papas de quinoa e aveia no forno


Desde algum tempo a esta parte que a aveia é o meu ingrediente preferido no pequeno-almoço, sejam as tradicionais papas de aveia (nos dias frios), sejam as já bem conhecidas overnight oats (nos dias quentes), acompanhas de fruta e muitas vezes de iogurte, fazem uma primeira refeição do dia completa e saciante. 

Uma das últimas "novidades" que foi aparecendo em vários blogues e que me deixou curiosa foi a aveia no forno.  Uma nova versão das papas de aveia, mas mais crocante  e gulosa, sem deixar de ser saudável.  Começou por me chamar a atenção a publicada do "Ananás e Hortelã" e depois comecei a procurar e encontrar outra partilhas no "Compassionate Cuisine" (esta com a quinoa, ideal para usar a que tinha já cozinhada), no "Fabrico Caseiro" e no "Hoje Para Jantar". 

Para a minha primeira experiência fiz uma receita tão básica, quanto possível e como ingredientes alternativos usei apenas a linhaça em substituição do ovo e a bebida de arroz e coco, feita em casa (vejam a receita no fim), mas podem usar qualquer leite à vossa escolha, caseiro ou não. A partir daqui será uma receita para repetir até à exaustão, com todos os flocos que me apetecer, sementes e frutos secos e muita fruta à mistura. A grande vantagem é que podemos guardar no frigorífico por 3 ou 4 dias e temos o pequeno-almoço sempre pronto. Experimentem!



Ingredientes:
1/2 chávena de flocos de aveia grossos
1/2 chávena de flocos de cevada
2 chávenas de quinoa cozida*
1 colher de chá de fermento em pó
1/2 colher de chá de gengibre em pó
1/2 colher de chá de noz moscada, ralada na hora
2 colheres de chá de mel
1 punhado de passas
1 punhado de amendoas
1 pêra cozida, em puré (idealmente usem 1/2 chávena de puré de maçã)
3 colheres de sopa de linhaça moídas + 1/2 chávena de água (ou 1 ovo)
2 chávenas de bebida de arroz e coco** (receita no fim)

Preparação:
Comece por misturar a linhaça com a água e deixe repousar por 10 minutos.
Numa taça grande coloque os flocos e a quinoa, o fermento, as especiarias, as passas e as amêndoas e misture tudo.
Noutra taça misture os ingredientes secos: o mel, o puré de pêra, a água de linhaça e o leite.
Verta os ingredientes líquidos sobre os ingredientes secos e envolva.
Espalhe a mistura num tabuleiro de forno, alise bem o topo e leve a assar, por cerca de 25-30 minutos em forno pré-aquecido a 170º.
Sirva morno, simples, com fruta ou iogurte.
Pode guardar no frigorífico, por 3 a 4 dias, coberto película aderente.  Aqueça antes de servir.

* Lave bem a quinoa e coloque num tacho com o dobro da sua quantidade de liquido (tal como o arroz). Com o tacho destapado deixe levantar fervura, reduza para o mínimo, tape o tacho e deixe cozer por cerca de 15 a 20 minutos, até a quinoa estar bem enxuta.
Pode usar água, leite ou qualquer bebida vegetal.

**
Leite de arroz e coco
(Fonte: "Cozinha Vegeteriana Para Quem Quer Poupar", de Gabriela Oliveira)
Para cerca de 600 ml:
Coloque 1/2 chávena de arroz integral de molho durante a noite.
No dia seguinte, coe e coloque num tacho com 2 chávenas de água. Ligue o fogão em lume médio e quando estiver perto de levantar fervura desligue. Junte 4 a 5 colheres de coco ralado, tape e deixe descansar durante 30 minutos.
Verta todo o conteúdo do tacho para um robot de cozinha e bata na velocidade máxima durante 3 minutos.
Coe, usando um pano limpo e espremendo bem todo o liquido. Guarde no frigorífico, num frasco ou garrafa até 3 dias. Não deite fora a polpa do arroz e coco: pode usá-la em receitas de pão, bolos, panquecas, etc.

7 de dezembro de 2015

Empadão de bacalhau


É um prato de conforto, daqueles que nos caem que nem ginjas em dias frios e cinzentos e traz para a mesa aquele nosso fiel amigo, sim, o tal das 1001 receitas. Como se não bastasse vem acompanhado de outros grandes amigos que lhe gostam de lhe dar as mãos: pimentos, cebola, alho, azeitonas e broa. Que grande festa, não acham? 

Ingredientes:
500 gr. de batata
Leite q.b.
manteiga q.b.
2 a 3 postas de bacalhau, demolhado (dependendo do tamanho das postas)
1/2 pimento vermelho, em tiras finas
1 cebola, às rodelas
2 dentes de alho
1/4 de couve branca, em juliana grossa
2 fatias de broa de milho, só a côdea
1 punhado de salsa, só as folhas
6 azeitonas descaroçadas
Sal q.b.
Azeite q.b.



Preparação:
Coza as batatas em água e sal.
Entretanto, limpe o bacalhau de peles e espinhas e desfie-e (se preferir pode dar-lhe previamente uma cozedura ligeira em água e leite:leve um tacho ao lume com partes iguais de água e leite e quando levantar fervura junte as postas de bacalhau e desligue o fogão, mantendo o bacalhau mergulhado no liquido durante cerca de 10 minutos).
Numa frigideira larga, refogue a cebola, o pimento e um dente de alho picado.
Deixe alourar até a cebola quebrar, junte a couve e deixe cozinhar 2 ou 3 minutos, até a couve "murchar".
Acrescente, então, o bacalhau e envolva, deixe cozinhar por 5 minutos. Se a mistura estiver muito seca, pode acrescentar um pouco de água ou vinho branco, neste caso deixe o vinho evaporar completamente. Tempere a gosto e reserve.
Estando as batatas cozidas, coe toda a água e triture-as com um passe-vite ou utensilio apropriado.
Leve o tacho com a batata esmagada de novo ao lume e acrescente uma colher de sopa de manteiga e um pouco de leite. Mexa para envolver o leite e vá acrescentando leite aos poucos até o puré estar com a consistência desejada. Não deverá ficar muito seco. Prove e retifique os temperos.
Numa travessa de ir ao forno ou assadeira, coloque, no fundo, uma camada de puré, espalhe, por cima, a mistura de bacalhau e termine com outra camada de puré.
Num processador de alimentos triture a broa, 1 dente de alho esmagado, a salsa, as azeitonas e um fio de azeite, até obter migalhas . Se a mistura estiver muita seca, acrescente mais azeite.
Cubra o empadão com este crumble e leve ao forno, a 180º, até a cobertura dourar.

27 de novembro de 2015

Creme de abóbora assada e batata doce


Para os dias frios que se aproximam, deixo-vos ficar uma das minhas sopas de Inverno preferidas.

Ingredientes:
250 gr. de polpa de abóbora manteiga assada (com azeite, sal, aneto, ervas de provença e piri-piri)
1 cebola
1 cenoura
200 gr. de curgete
150 gr de batata doce
Água ou caldo de legumes q.b.
Sal q.b.
Azeite q.b.

Preparação:
Tradicional:
Numa panela deite um fio de azeite e a cebola e a cenoura em pedaços.
Deixe refogar em lume médio até a cebola começar a quebrar, mas sem deixar queimar.
Acrescente a curgete e a batata doce, descascadas e cortadas em cubos, e a abóbora também em pedaços.
Cubra com água quente ou caldo de legumes e deixe levantar fervura.
Coza em lume médio/alto durante cerca de 20 minutos.
Triture com a varinha mágica até obter um puré macio, junte mais água quente se estiver muito espessa e tempere de sal.
Bimby:
No copo deite um fio de azeite, a cebola e a cenoura, cortadas em pedaços.
Triture 5 segundos / velocidade 5 e, de seguida, refogue 5 minutos/100º/vel. 1.
Junte a curgete e a batata doce, descascadas e cortadas em cubos, e a abóbora também em pedaços.
Cubra com água quente ou caldo de legumes e programe 20 minutos/100º/vel. 1.
No fim triture, progressivamente, nas velocidades 3-5-7.
Junte mais água quente se estiver muito espessa e tempere de sal.

25 de novembro de 2015

Das más vesículas

Este é um mal que me persegue desde sempre, mas que me tinha dado algum descanso nos últimos anos. Este ano, assim de repente, já foram duas crises de se levantar o chapéu e pelo andar das coisas parece que  não se fica por aqui e até já começo a pensar se irei sobreviver aos fritos natalícios - é que nem preciso de os comer, porque nos momentos mais graves até o cheiro dos fritos me provoca uma crise de vesícula!
Na minha mais tenra juventude tinha crises fortíssimas, normalmente depois das festas de aniversários dos amiguinhos de escola ou das épocas festivas. Era coisa para um dia de cama com enxaquecas e náuseas de morrer e no dia seguinte estava literalmente pronta para outra. Depois veio a fase mais associada ao stress (sabem que a vesícula e o fígado andam associados ao nosso humor? Daí a expressão "maus fígados" quando alguém é particularmente ... pouco simpático), mudanças e situações novas e lá vinha uma indisposição, mas que não de tal ordem que não aguentasse. Eram uns dias de dor de cabeça, ligeiras náuseas e ía passando. Atualmente a seguir à crise a sério, seguem-se dias e dias de ressaca, de enjoo e dor de cabeça que interferem com o meu trabalho e com todas as tarefas que me proponho a fazer. Como não há um comprimido milagroso que arrase com estas crises, resta aguentar e ir tomando algumas medidas que me ajudam a acalmar:


- Alimentação: nada de laticinios e legumes. Sopa branca, carnes brancas cozidas ou grelhadas, acompanhadas de arroz ou batata, pão branco e, quando já me começo a sentir melhorzinha, bolacha maria ou de água e sal. É uma variedade grande, não é? Pois, mas sabem tão bem (por mim arroz e batata, tudo misturadinho, já é um manjar). Frutas, só maçã e pêra e de preferência cozidas (começo a ficar deliciada com a pêra cozida);

- Refeições mais pequenas e frequentes;

- Beber água ou infusões e água das pedras. Vou bebendo infusões, começando pelo chá de boldo (não muito agradável), alternando com o chá de cidreira (pelo sabor mais suave) ou de alcachofra, que tem propriedades calmantes do sistema biliar, tal como o cardo mariano e a hortelã. Junto-lhe uma rodela de gengibre que é bom para acalmar os enjoos. (Em pequena o único chá que bebia era o chá preto. Provavelmente por todos os outros me agoniarem, era o que melhor me sabia);

- Indicações médicas: suspender a toma do medicamento para o colesterol. Se forem propensos para estas crises questionem o vosso médico quanto à suspensão de algum medicamento que tomem com regularidade;

Agora duas receitas calmantes do aparelho digestivo para quando exageramos:


Num jarro com a capacidade de 750 ml colocar 3 a 4 rodelas de beringela, cortada em pedaços, 1 rodela de gengibre e algumas folhas de hortelã. Deixar repousar durante a noite. No dia seguinte coar e ir bebendo durante o dia.


Esta é uma receita da minha amiga O.:
Preparam-se e cortam-se iguais quantidades de cebola, abóbora, couve lombarda e cenoura.
Colocam-se num tacho, cobrem-se com água e leva-se a ferver em lume forte durante 3 minutos e, de seguida, deixa-se cozinhar 20 minutos em lume brando.
Coa-se, deixa-se arrefecer e bebe-se morno ou à temperatura ambiente até 3 chávenas por dia.
Pode ser guardado no frigorífico, em recipiente de vidro, durante 2 dias.

24 de novembro de 2015

Quadrados de maçã da Dorie Greenspan em "Quinze Dias com ..."



Quem passa por aqui já se deparou com inúmeras receitas da Dorie Greenspan, pelas minhas participações no grupo "Dorie às Sextas". Desta vez é pela mão do "Quinze Dias com ..." que ela aparece novamente por aqui. 

A maioria das receitas que experimentei desta chef são deliciosas e fazem sempre um brilharete quando as sirvo. O único senão que lhe encontro é que quase sempre as quantidades de manteiga e açúcar que contém são absolutamente pecaminosas, mas tenho conseguido reduzir as quantidades sem perder o essencial da receita. 

Por um feliz acaso estive para fazer esta receita, que até é bem comedida no açúcar e na manteiga, há duas semanas atrás, antes de saber quem seria a chef desta quinzena. Por esse mesmo feliz acaso não a fiz, mas quando vi quem era a nossa convidada nem hesitei em escolher o doce de fim-de-semana. Por um outro acaso, desta vez menos feliz (ai vesícula!), foi-me interdito prová-la, mas quem a provou (e comeu toda.....) achou-a ... aprovadissima!

E foi assim que a Susana, mentora do grupo, apresentou a convidada:
"...é uma das melhores pasteleiras do mundo. Americana de origem, o seu coração divide-se entre Paris e Nova Iorque, cidades onde vive e trabalha. No que a aventuras culinárias toca foi já parceira dos grandes Julia Child e Pierre Hermé. É raro uma receita sua não funcionar e não ser absolutamente deliciosa, o que lhe valeu já um número significativo de prémios. Quem folheia um dos seus livros dificilmente não sente a urgência de ir para a cozinha experimentar uma daquelas receitas. Uma coisa é certa: não irão arrepender-se."




(Vejam o video aqui ou a descrição da receita aqui)
Ingredientes:
Manteiga para untar
3 maçãs médias sumarentas (usei Fuji)
1/2 chávena de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
2 ovos
1/3 de chávena de açucar
1 pitada de sal
2 colheres de chá de extrato de baunilha
6 colheres de sopa de leite
2 colheres de sopa de manteiga sem sal, derretida e à temperatura ambiente
Geleia para barrar (opcional - usei geleia de abrunho)
Açúcar em pó para polvilhar (opcional)

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 200º.
Unte uma forma quadrada com 20x20 cm com manteiga e forre com papel vegetal.
Descasque as maçãs e fatie muito finamente, mas sem que fiquem fatias transparentes. Use uma mandolina, se tiver.
Numa taça misture a farinha e o fermento.
Noutra taça bata os ovos com o açúcar e o sal, durante alguns minutos, até o açúcar se dissolver e a mistura ficar esbranquiçada.
Junte o extrato de baunilha, de seguida o leite e depois a manteiga derretida.
Acrescente a farinha e envolva até obter uma mistura macia.
Com uma espátula, envolva as maçãs na mistura até todas as fatias estarem cobertas pela massa.
Transfira a massa para a forma e alise o topo com a espátula.
Leve ao forno por 40 a 50 minutos ou até o bolo estar dourado. 
Verifique se está cozido espetando a ponta de uma faca ou um palito no centro, se sair seco estará pronto o bolo.
Deixe a forma arrefecer sobre uma rede durante uns minutos, de seguida desenforme e deixe arrefecer completamente.
Barre com geleia derretida, corte em quadrados e polvilhe com açúcar em pó.

16 de novembro de 2015

São caracóis, são caracolitos .....



Não me canso de repetir esta receita e como gostamos imenso de bolos de maçã, quando toca a caracóis doces, a maçã acaba por ser o recheio de eleição, mas agora que o Natal está a chegar já os imagino cheios de frutos secos ou chila, para quem gostar, ou ambos.
Desta vez, como tinha um iogurte de coco já a chegar ao fim do prazo de validade, usei-o substituindo parte do leite e os caracóis ficaram ainda mais fofos e ao recheio acrescentei, depois de frio, um punhado de passas e 1/2 chávena de mirtilos congelados. Ficaram divinais, perfeitos para uma tarde de Outono e para levar na marmita também.



Ingredientes:
Massa:
500 gr. de farinha T65
1/2 colher de chá de sal
125 ml de iogurte de coco
50 ml de leite
2 ovos, batidos
2 colheres de sopa de manteiga, amolecida à temperatura ambiente
50 gr. de açúcar
1 e 1/4 de colher de chá de Fermipan
Recheio
400 gr. de maçã, descaroçadas, descascadas e cortadas em quartos
50 gr. de açúcar
2 colheres de sopa de água
1 colher de sopa de sumo de limão
um punhado de passas
1/2 chávena de mirtilos, frescos ou congelados

Preparação:
Coloque os ingredientes da massa na cuba da máquina do pão, pela ordem indicada no manual e escolha o programa "massa".
Prepare o recheio:
Num tacho coloque as maçãs, o açúcar, a água e o sumo de limão, deixe levantar fervura em lume médio e cozinhar por cerca de 5 minutos.
Reduza o lume e deixe cozinhar até a maçã amaciar, mas sem se desfazer. Reserve.
Quando a máquina terminar o programa, transfira a massa para uma superficie enfarinhada e estenda um rectangulo com 38cm/30cm.
Misture no recheio frio as passas e os mirtilos.
Barre a massa com o recheio deixando livre um rebordo com cerca de 2 cm nas laterais e no lado oposto a si e enrole, começando pelo lado mais perto de si.
Corte a massa em doze fatias e disponha, com o lado cortado voltado para cima, num tabuleiro untado, em três filas de 4 caracóis.
Cubra com película aderente, sem apertar, e deixe levedar num local morno, durante 30 minutos ou até os caracóis quase dobrarem de volume.
Retire a película  e leve a assar em forno pré-aquecido a 200º, durante cerca de 20 minutos ou até os caracóis estarem dourados e, batendo no do centro, o som soar oco.
Deixe arrefecer um pouco e deseforme sobre uma grade.
Se quiser pincele com uma calda de leite e açúcar e polvilhe com açúcar em pó.

13 de novembro de 2015

O tal licor




Este, que acabou por ficar muito mais que 44 dias em descanso (também poderia esperar 444 dias, segundo Niki Segnit) à espera que me dedicasse a ele. Primeiro foi a espera pela compra do frasco, que acabou por ser quase um souvenir de férias, comprado na loja da Fábrica dos Irmãos Stephens, no nosso regresso de férias. Depois foi a espera pela oportunidade, por uma tarde de fim-de-semana mais calma, sem grandes afazeres, num dia já quase a conseguir  regressar ao estádio de descanso que o fim-de-semana pede e que parecia ter perdido por completo nos últimos tempos.

Então finalmente fui buscar  o frasco ao seu recanto num armário escuro. Tirei a laranja e espremi o sumo juntando-o ao licor e descartando todos os grãos de café. Coei por um passador fino coberto com um pano de musselina, provei e dei a provar. Pareceu-nos ainda muito presente o sabor da aguardente. Fiz, então uma calda com partes iguais de água e açúcar (300gr., mas podem usar uma porção maior de açúcar em relação à água) que levei ao lume até levantar fervura e deixe ferver por 6 minutos. Deixei arrefecer completamente e só então a juntei ao licor, aos poucos, e provando entre cada adição, acabei por usar apenas 200 ml. Voltei a coar para a garrafa e sobrou uma pequena quantidade que o D. quis sujeitar a outra experiência, que correu bem e que fará as cenas dos próximos episódios nesta novela do licor de laranja, assim que as laranjas biológicas me voltarem a entrar pela casa dentro.


10 de novembro de 2015

Penne com molho de abóbora




A convidada desta quinzena do "Quinze dias com ...." era-me de todo desconhecida e ao pesquisar as suas receitas acabei por encontrar esta massa com molho de abóbora que me deliciou. Adaptei a receita à quantidade para um, mas é um prato que podemos fazer a mais, guardar e até congelar. tal como a Susana descreveu as suas receitas são simples e muito inspiradoras para quem não gosta ou não pode passar muito tempo na cozinha. 

"De nacionalidade norte-americana, a nossa próxima convidada vai inspira-se nos seus ascendentes sicilianos e cajun para fazer os seus pratos. Grande adepta das refeições que se preparam em menos de 30 minutos, tenta ensinar nos seus programas que a cozinha pode ser fácil, rápida e descomplicada. Iremos ter connosco… Rachel Ray."



Ingredientes (para 6):
500 gr. de penne integral (usei normal)
2 colheres de sopa azeite
3 chalotas, finamente picadas
3 a 4 dentes de alho, picados
2 chávenas de caldo de galinha*
425 gr. de puré de abóbora (1 lata) **
1/2 chávena de natas (usei creme de coco para cozinhar)
1 colher de chá de molho picante (não usei)
Noz moscada ralada na hora q.b.
2 pitadas de canela em pó
Sal e pimenta preta q.b.
7 a 8 folhas de sálvia, finamente cortadas, mais algumas para decorar
Parmesão ralado

Preparação:
Coza a massa em água temperada com sal.
Aqueça o azeite em lume médio, acrescente as chalotas e o alho e salteie por 3 minutos.
Acrescente o caldo de galinha e o puré de abóbora e misture, junte as natas e tempere com o molho picante, a canela, a noz moscada, sal e pimenta.
Reduza o lume para médio-baixo e deixe cozinhar por 5 a 6 minutos para o molho engrossar.
Junte a sálvia e polvilhe com o queijo.

* Aqui fiz batota: temperei a água de cozer a massa com um pouco de caldo de galinha e usei esta água em vez do dito caldo. Como a massa vai libertando o amido na água, este "caldo" vai ajudar a engrossar o molho.

**Usei cerca de 200 gr. de abóbora manteiga assada e temperada com azeite, sal, alho, ervas de provença e piri-piri em pó.

31 de outubro de 2015

Projeto Marmita - Menus de 26 a 30 de Outubro

Não vos tinha dito que esta semana foi a monotonia quase total. Pois, comecei com uma vitela cozida com arroz e continuei a semana com frango: na terça (sem foto) peito cozido e o arrozinho da praxe, terça e quinta temperado com sal, gengibre e tomilho e grelhado sem qualquer gordura, acompanhado de macarronete cozido e na sexta arrisquei um estufado, muito leve, sem refogados e com muito pouco azeite. Também só na quinta comecei a ingerir legumes, numa sopa de feijão verde bem cozido. Nos lanches pêra e maçãs cozidas e chá de boldo e água para ajudar a depurar. 
Apesar de tudo, não me custa nada este tipo de refeições, bem práticas até se não quisermos perder muito tempo a preparar as marmitas, mas custa-me a falta de legumes... 


Segunda-feira

Sopa branca + Vitela cozida e arroz

Quarta-feira

Sopa branca + Macarronete cozido com frango grelhado

Quinta-feira


Sopa de vagem + Macarronete cozido com frango grelhado

Sexta-feira

Sopa de feijão verde + Perna de frango estufada e arroz branco

29 de outubro de 2015

O Verão guarda-se em frascos ...



... e todas as estações do ano também, que não há fruta ou legume que não se possa transformar em compota ou em conserva, mas este post é sobre o Verão, sobre as árvores carregadas de sabores e cheiros, sobre os dias azuis que começam a ir embora de mansinho, mas que ainda nos deixam uma réstia de luz morna e acolhedora até que as horas se começam a esvair na penumbra e nada mais nos resta que não seja abrir uma compota feita nesses dias calorosas para nos fazerem regressar, por breves minutos, àquele dolce far niente.
Hoje, um dia frio e cinzento, sirvo-vos um pequeno mimo para o lanche: scones da Leonor e dois doces à escolha: de um lado os figos, do outro os pêssegos e como se não bastasse, que tal uns figos em calda, cuja receita não deixo aqui, vão mesmo ter que passar pelo Cinco Quartos de Laranja (é que acho que alguma coisa não correu como eu queria, mas a verdade é que ninguém se queixou).




Doce de figo e baunilha
(Fonte "Conservas", de Lynda Brown, Livraria Civilização Editora)


Ingredientes:
675 gr. de figos maduros, sem extremidades e cortados em quartos
Raspa e sumo de 1 limão biológico, lavado
1 maçã, descaroçada, descascada e cortada em pedaços
1 vagem de baunilha, cortada em tiras longitudinais
675 gr. de açúcar granulado (usei pouco mais de metade)

Preparação:
Coloque os figos numa panela com o sumo e raspa de limão, a maçã e a vagem de baunilha.
Cozinhe em lume brando, durante cerca de 20 minutos, mexendo de vez em quando até que os figos fiquem moles e se desfaçam.
Adicione o açúcar  e cozinhe em lume brando, mexendo, até o açúcar se dissolver.
Deixe levantar fervura e cozinhe no ponto de formar bolhas, mexendo de vez em quando, durante 15 a 20 minutos ou até atingir o ponto de solidificação.
Retire a espuma que se forma à superficie e retire a panela do lume para testar o ponto.
Assim que estiver pronto, retire a vagem de baunilha e transfira o doce para frascos esterilizados.


Doce de pêssegos e nozes
(Fonte "Conservas", de Lynda Brown, Livraria Civilização Editora)


Ingredientes:
1,250kg de pêssegos maduros
1 laranja descascada e cortada em rodelas finas
900 gr. de açúcar
Sumo de 1 limão
50 gr. de nozes descascadas e partidas grosseiramente
1-2 colheres de sopa de brandy (opcional - não usei)

Preparação:
Pele os pêssegos, corte-os ao meio, retire os caroços e reserve-os.
Corte a polpa em pedaços.
Coloque os pêssegos e a laranja numa tigela grande com o açúcar, tape e deixe repousar durante 4 horas ou de um dia para o outro.
Coloque a fruta e o açúcar numa panela de base reforçada.
Ponha os caroços de pêssego num quadrado de musselina, feche e ate com um cordão e coloque-os dentro da panela.
Cozinhe em lume brando, mexendo, até o açúcar se dissolver.
Depois de levantar fervura, deixe cozinhar até formar bolhas, mexendo de vez em quando, durante 15 a 20 minutos ou até atingir o ponto de solidificação.
Retire a panela do lume para testar o ponto.
Estando pronto retire o saco dos caroços, misture o sumo de limão, as nozes e o brandy, se estiver a usar.
Transfira o doce para frascos esterilizados.

28 de outubro de 2015

Projeto Marmita - Menus de 19 a 22 de Outubro


Foi uma semana monótona, a que se passou, a repetir uma carne assada deliciosa que foi o almoço de Domingo. Ficou tão boa que não nos importamos de andar a repetir refeições durante uns dias. O segredo está em servi-la com ingredientes diferentes. Na quinta fui buscar os últimos croquetes ao congelador e acompanhei-os com arroz branco, brócolos e nozes, tudo envolvido ao jeito de uma salada de arroz. Na sexta não houve marmita, que isto de ter vesículas marotas que nos gostam de pregar umas partidas de vez em quando tem que se lhe diga, por isso se acharam a semana que passou monótona, então nem imaginam a próxima. Aguardem...


Segunda-feira

Sopa de penca e couve coração + Carne assada, batata assada e grelos salteados + Salada de alface, milho, alho francês, abacaxi e sementes

Terça-feira

Sopa de penca e couve coração + Carne assada com salada de couve branca, maçã e couve roxa estufada

Quarta-feira

Sopa de penca e couve coração + Sande de carne assada com abacaxi + Bróculos cozidos

Quinta-feira

Sopa de lombarda e couve branca + Croquetes de coelho e cogumelos com arroz, brócolos e nozes

19 de outubro de 2015

Projecto marmita - Menus de 12 a 16 de Outubro

Duas semanas sem atualizações ... Bom, tenho procurado facilitar ao máximo as minhas refeições, mas sem deixar de variar os alimentos escolhidos. Aproveitam-se refeições de véspera, vasculha-se o congelador, começam já a prepara-se legumes assados que servem 2 ou 3 refeições e assim se vão compondo as marmitas.


Segunda-feira

Sopa de lombarda + Falsa lentilhada com pimentos, tomate e ovo

Dica: Esta falsa lentilhada, não é mais do que a junção desta shakshuka com lentilhas cozidas, para lhe aportarem mais uma dose de proteinas e enriquecerem a refeição. Digo-vos, desde já, que esta shakshuka me conquistou pela simplicidade de preparação, pelo sabor e por ser tão versátil quanto quisermos: podemos usar as ervas e especiarias que mais nos agradarem, é uma excelente refeição vegetariana para aqueles dias em que nós, não vegetarianos, queremos uma refeição sem carne, nem peixe, completando-o apenas com proteínas vegetais, mas se não quisermos ser tão "radicais", lançamos mãos do ovo ou de um queijo feta ou de cabra ou até torná-lo mais pecaminoso inserindo alguns enchidos.
Há uma receita próxima da original, muito prática, da Joana Alves, no fabuloso "Natural - O Grande Livro da Cozinha"

Terça-feira

Sopa de lombarda + Coxinha de frango recheada com espinafres e bacon + arroz + salada de legumes assados, beterraba, espinafres e feta.

Tanta mistura, pois é, mas quando toca a acompanhamentos de vegetais às vezes tenho dificuldade em decidir se me fico só pelos legumes assados (quando os tenho) ou se decido por uma salda de folhas verdes. O resultado é, normalmente, acabar por combinar os dois. Vantagem: além da diversidade alimentar, como os legumes são assados com um pouco de azeite e temperados com aromáticas, acabam por ajudar a temperar a salada, precisando de menos gordura e sal..

Quarta-feira

Sopa de lombarda + Estufafo de tomate e pimentos com feta e Esparguete + pão de girassol

Dica: aqui está o que sobrou da shakshuska, uma quantidade que por si não seria suficiente para uma refeição acrescentou-se a um esparguete cozido polvilhado com queijo fta esfarelado.

Quinta-feira 

Creme de beterraba + Sanduíche de pão asiático com espinafres, tomate, milho, cebola, feta e coentros

Este pão foi o escolhido para celebrar, este ano, o Dia Mundial do Pão. É um pão muito aromático, ótimo para fazer sanduiches enroladas e, tirando o amassar e levedar, coze rapidamente numa frigideira. 

Sexta-feira 

Creme de beterraba + Pataniscas com arroz de pimentos

Tão simples: o marido fez, para o jantar do dia anterior, um arroz de comer e chorar por mais e do congelador vieram estas pataniscas que não podiam ser o melhor complemento.

16 de outubro de 2015

Dia Mundial do Pão 2015 - Pão ao estilo asiático



Mais um ano a celebrar o pão e mais uma vez a Zorra do "1x umruhren bitte aka kotchpof" lançou o desafio à blogosfera, para que neste dia as nossas publicações fossem referentes ao pão e a Moira, do "Tertúlia de Sabores"  foi a anfitriã deste evento em Portugal, dando voz ao convite da Zorra. Pelo décimo ano consecutivo esta é uma das grandes reuniões da blogosfera em torno de um tema. 
Esta edição pode ser seguida no facebook e no pinterest com a ashtag #wbd2015.

Este ano celebro com um pão que não coze no forno, mas na frigideira e que podemos servir numa mesa rodeada de amigos e recheado de tudo o quanto mais gostarmos. Ontem, por exemplo, trouxe-o para o almoço recheado com espinafres, cebola às rodelas, tomate cereja e queijo feta. Aqueci-o na torradeira, mas cuidado porque se ficar muito fino acabará por se partir, mas podem embrulhá-lho como num wrap. Só não reparem na sua forma tosca porque no que diz respeito a esticar massas e dar-lhes forma ... bom, a verdade é que nunca fui grande coisa em geometria :)



Ingredientes (para 8 pães):
50 gr. de sementes de sésamo
1 dente de alho picado
25 gr. de raiz de gengibre fresca, ralada
2 colheres de sopsa de coentros frescos picados grosseiramente
2 colheres de sopa de óleo (de sésamo na receita)
2 colheres de chá de sal (só usei 1/2)
450 gr. de farinha de trigo T65
1 colher de sopa de açúcar
1 1/4 de fermento biológico seco (usei Fermipan)

Preparação:
Ponha as sementes de sésamo na picadora e triture até as partir (nunca ficam em pó)
Na cuba da máquina coloque os ingredientes pela ordem indicada no manual , juntando as sementes, o alho, o gengibre e os coentros com a água.
Escolha o programa "massa".
Quando transfira a massa para uma superfície enfarinhada e divida a massa em 8 porções.
Estenda cada uma num circulo com 20 cm de diâmetro.
Deixe repousar, tapado com um pano de cozinha, durante 15 minutos.
Aqueça uma frigideira grande ou um grelhador de chapa e assim que estiver quente reduza para o mínimo (no fogão de indução, precisei de manter a temperatura média).
Coloque uma rodela de massa
na frigideira e coza durante 3 ou 4 minutos, virando uma vez, até a massa focar dourada e com alguns pontos mais escuros.
Transfira cada pedaço para um prato e mantenha tapado com um pano enquanto faz os restantes.
Recheie a gosto.
Pode congelar.

15 de outubro de 2015

15 dias com ... Yotam Ottolenghi e uma belissima shakshuka




Não vos quero massacrar com as minhas desculpas da azáfama do trabalho para não conseguir publicar amiúde, mas a verdade é que fiz esta receita no fim-de-semana e só hoje consegui escrever estas parcas palavras (e a receita...) para o publicar ainda hoje, mesmo no limite do prazo desta quinzena do "15 dias com o chefe..." Yotam Ottolengui.
Por muito azáfama que fosse, não podia deixar passar a oportunidade de voltar a folhear "O Novo Vegetariano" e escolher uma receita para fazer. Elegi esta shakshuka que me maravilhou. Os sabores são explendidos e vou repeti-la mais vezes, até porque dá umas marmitas deliciosas e pode sempre ser acrescentada (sem o ovo) a um prato de massa. Deixo aqui a versão integral da receita que foi adptada, na minha cozinha, a quantidades mais pequenas.

Nascido em Jerusalém, com raízes italianas e alemãs e abraçando Londres como a sua casa desde jovem, a sua cozinha tem uma forte inspiração do médio-oriente. Não sendo vegetariano, os vegetais são o ponto de partida para as suas criações gastronómicas que baseia na sua transformação em algo extraordinário. Nesta quinzena teremos connosco: Yotam Ottolenghi.



(Fonte: "O Novo Vegetariano", de Yotam Ottolenghi)
Ingredientes (para 4, em doses generosas):
1/2 colher de chá de cominhos em grão (usei uma pitada de cominhos em pó)
180 ml de azeite refinado ou óleo vegetal
2 cebolas grandes, às rodelas
2 pimentos vermelhos, em tiras de 2cm
2 pimentos amarelos, em tiras de 2cm
4 colheres de chá de açúcar mascavado
2 folhas de louro
6 raminhos de tomilho, com as folhas cortadas e picadas
2 colheres de sopa de salsa picada
2 colheres de sopa de coentros picados, mais algumas folhas para decorar
6 tomates maduros, picados grosseiramente
1/2 colher de chá de fios de açafrão (não usei)
1 pitada de pimenta de caiena (não usei)
Cerca de 250 ml de água
8 ovos caseiros (2 por pessoa)
sal e pimenta preta q.b. (não usei a pimenta)

Preparação:
Numa frigideira grande, toste os cominhos em grão em lume forte durante 2 minutos (saltei este passo e polvilhei as cebolas com os cominhos em pó no passo seguinte)
Junte o azeite e as cebolas e salteie 5 minutos.
Acrescente os pimentos, o açúcar e as ervas e continue a cozinhar em lume forte por 5 a 10 minutos, até ganhar cor.
Junte os tomates, o açafrão e a pimenta de caiena e um pouco de sal e pimenta.
Reduza o lume e deixe cozer durante 15 minutos e durante a cozedura, vá acrescentando água, para que a mistura tenha uma consistência de molho de tomate.
Prove e retifique os temperos. Deve ficar forte e saboroso.
Retire as folhas de louro e divida a mistura por 4 tachos fundos, cada um suficiente para uma dose generosa.
Leve a lume médio para aquecerem, faça dois buracos na mistura em cada tacho e preencha cada um com um ovo. Polvilhe com sal e cubra com o testo.
Cozinhe em lume muito brando durante 10 a 12 minutos, ou até os ovos ficarem duros.
Polvilhe com coentros e sirva.

1 de outubro de 2015

Dia 1 na Cozinha e um bolo com sabor a Outono


Bolos de Outono ...  não podia ser mais bonito o tema para este Dia 1 na Cozinha. Por muito que anseie a vinda do Verão, dos dias azuis cheios de sol e de mar, não há nada que se compare às cores com que se pintam os primeiros dias de Outono. Pela manhãzinha e pelo entardecer o céu enche-se de tons alaranjados e rosados e o mar espelha-se, passadas que são as nortadas e marés vivas, em tons de prata. Há uma nostalgia acolhedora no ar. Ainda que os dias sejam quentes, começamos a ter saudade de aninhar no  sofá com uma manta pelos pés e se estamos no sofá, tão recatados, vamos sentido vontade de segurar uma chávena de chá acompanhado de uma fatia de bolo.

Os Domingos deixam de ser dias de espreguiçar ao sol, para espreguiçar dentro de casa enquanto no forno se cozinha o tal bolo, e no Outono há tantos sabores por onde escolher. As frutas de fim de Verão ainda chamam por nós e outras começam a aparecer a lembrar que os dias estão a "encolher" num saltinho de pardal até ao Natal. E as ameixas ainda por aí andam e os figos e ainda as uvas no seu esplendor, começam a aparecer as castanhas, as primeiras romãs e não tarda os dióspiros  e os frutos secos, mas a maçã, que é quase fruto de todo o ano, chama sempre por mim a lembrar que em breve será a fruta mais presente na minha fruteira, por isso e porque os bolos se querem simples, mas bonitos, foi a maçã que escolhi para celebrar mais um dia 1.



(uma versão deste bolo)
Ingredientes:
2 maçãs
1 chávena de açúcar + extra para polvilhar
2 ovos grandes
1 pitada de sal
1 colher de chá de extrato de baunilha
1 chávena de farinha + extra para polvilhar a forma
80 gr. de manteiga, derretida e fria + extra para untar a forma
Amêndoas laminadas para polvilhar

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180º.
Prepare uma forma redonda com cerca de 20 cm de diâmetro, untando com manteiga e polvilhando com farinha (ou usando o spray Espiga para untar).
Descasque e descaroce as maçãs e rale uma delas e corte a outra em fatias finas. Reserve em taças  separadas, com sumo de limão para não oxidarem.
Numa taça grande deite o açúcar e junte os ovos, um a um, mexendo bem com uma vara de arames até misturar bem.
Acrescente o sal, o extrato de baunilha e a maçã ralada.
Com a ajuda de uma espátula, misture a farinha e acrescente a manteiga cuidadosamente.
Verta a massa na forma e coloque por cima as fatias de maçã, polvilhe com a amêndoa e açúcar e leve a assar por 25 a 30 minutos até o bolo estar dourado e espetando o palito ou uma faca afiada no centro esta sair seca.
Retire do forno e deixe arrefecer durante 5 minutos sobre uma grade antes de desenformar.


29 de setembro de 2015

Projeto Marmita - Menus de 21 a 25 de Setembro

Depois de umas férias descansadas é tempo de voltar à rotina e já perceberam que esta rotina é feita de muitos momentos que não me permitem publicar aqui com a frequência com que gostava, por isso é que as marmitas deste novo inicio só aparecem hoje por aqui. 
Ora, então começamos assim: uns dias antes das férias terminarem fomos comprar os nossos legumes frescos: penca, que acabou numa sopa deliciosa e tão tradicional, alfaces e alho francês arrancados à terra no momento, uns tomates coração de boi deliciosos, uma abóbora pequena que já está congelada, cortada em pedaços, para usar nas sopas e ainda fui presenteada com umas folhas de acelga, que cresciam meio desprezadas por serem desconhecidas de quem as plantou e de quem normalmente ali recorre a comprar hortaliça. Durante o fim de semana cozi uma chávena de lentilhas em água temperada com sal, louro, tomilho, cebola e um toco de cenoura (os legumes e ervas são descartados depois de cozidas as lentilhas). Coei, deixei arrefecer e transferi para um saco de congelação e... congelei. também podem congelar em recipientes individuais, mas prefiro fazê-lo num saco, porque posso usar doses mais pequenas que as dos recipientes. E o que fazer com estas lentilhas? Maioritariamente uso em saladas, mas podem ser usadas nas sopas ou transformar-se em hambúrgueres. No congelador já estão alguns croquetes, desta vez de coelho e cogumelos, para aproveitar as sobras de um estufado, algumas doses de sopa, empadas de frango e uma dose de carne estufada com grão. No poupar e no guardar ganha-se em dinheiro e em tempo. Para sobremesa umas maçãs assadas feitas pelo D.




1 - Sopa de penca + Salada de frango assado, curgete e batata doce salteadas, tomate mini assado com salva, uvas, nozes e sementes de abóbora + Maçã assada 
2 - Sopa de penca + Esparguete com atum, milho, alho francês e tomate mini + maçã assada
3 - Sopa branca (só porque sim, porque foi preciso fazê-la para acalmar estômagos doridos e como sobrou ...) + Salada de lentilhas (as tais congeladas), maçã, beterraba, alho francês, tomate e ovo cozido com vinagrete de sésamo e mel + maçã assada
4 - Creme de curgete e ervilhas (do congelador) + Croquetes de coelho e cogumelos (do congelador) + Salada de cenoura, curgete e tomate mini + maçã assada
5 - Creme de beterraba + Linguini com beterraba cozida, tomate cereja vermelho e amarelo e cebola roxa

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