27 de novembro de 2015

Creme de abóbora assada e batata doce


Para os dias frios que se aproximam, deixo-vos ficar uma das minhas sopas de Inverno preferidas.

Ingredientes:
250 gr. de polpa de abóbora manteiga assada (com azeite, sal, aneto, ervas de provença e piri-piri)
1 cebola
1 cenoura
200 gr. de curgete
150 gr de batata doce
Água ou caldo de legumes q.b.
Sal q.b.
Azeite q.b.

Preparação:
Tradicional:
Numa panela deite um fio de azeite e a cebola e a cenoura em pedaços.
Deixe refogar em lume médio até a cebola começar a quebrar, mas sem deixar queimar.
Acrescente a curgete e a batata doce, descascadas e cortadas em cubos, e a abóbora também em pedaços.
Cubra com água quente ou caldo de legumes e deixe levantar fervura.
Coza em lume médio/alto durante cerca de 20 minutos.
Triture com a varinha mágica até obter um puré macio, junte mais água quente se estiver muito espessa e tempere de sal.
Bimby:
No copo deite um fio de azeite, a cebola e a cenoura, cortadas em pedaços.
Triture 5 segundos / velocidade 5 e, de seguida, refogue 5 minutos/100º/vel. 1.
Junte a curgete e a batata doce, descascadas e cortadas em cubos, e a abóbora também em pedaços.
Cubra com água quente ou caldo de legumes e programe 20 minutos/100º/vel. 1.
No fim triture, progressivamente, nas velocidades 3-5-7.
Junte mais água quente se estiver muito espessa e tempere de sal.

25 de novembro de 2015

Das más vesículas

Este é um mal que me persegue desde sempre, mas que me tinha dado algum descanso nos últimos anos. Este ano, assim de repente, já foram duas crises de se levantar o chapéu e pelo andar das coisas parece que  não se fica por aqui e até já começo a pensar se irei sobreviver aos fritos natalícios - é que nem preciso de os comer, porque nos momentos mais graves até o cheiro dos fritos me provoca uma crise de vesícula!
Na minha mais tenra juventude tinha crises fortíssimas, normalmente depois das festas de aniversários dos amiguinhos de escola ou das épocas festivas. Era coisa para um dia de cama com enxaquecas e náuseas de morrer e no dia seguinte estava literalmente pronta para outra. Depois veio a fase mais associada ao stress (sabem que a vesícula e o fígado andam associados ao nosso humor? Daí a expressão "maus fígados" quando alguém é particularmente ... pouco simpático), mudanças e situações novas e lá vinha uma indisposição, mas que não de tal ordem que não aguentasse. Eram uns dias de dor de cabeça, ligeiras náuseas e ía passando. Atualmente a seguir à crise a sério, seguem-se dias e dias de ressaca, de enjoo e dor de cabeça que interferem com o meu trabalho e com todas as tarefas que me proponho a fazer. Como não há um comprimido milagroso que arrase com estas crises, resta aguentar e ir tomando algumas medidas que me ajudam a acalmar:


- Alimentação: nada de laticinios e legumes. Sopa branca, carnes brancas cozidas ou grelhadas, acompanhadas de arroz ou batata, pão branco e, quando já me começo a sentir melhorzinha, bolacha maria ou de água e sal. É uma variedade grande, não é? Pois, mas sabem tão bem (por mim arroz e batata, tudo misturadinho, já é um manjar). Frutas, só maçã e pêra e de preferência cozidas (começo a ficar deliciada com a pêra cozida);

- Refeições mais pequenas e frequentes;

- Beber água ou infusões e água das pedras. Vou bebendo infusões, começando pelo chá de boldo (não muito agradável), alternando com o chá de cidreira (pelo sabor mais suave) ou de alcachofra, que tem propriedades calmantes do sistema biliar, tal como o cardo mariano e a hortelã. Junto-lhe uma rodela de gengibre que é bom para acalmar os enjoos. (Em pequena o único chá que bebia era o chá preto. Provavelmente por todos os outros me agoniarem, era o que melhor me sabia);

- Indicações médicas: suspender a toma do medicamento para o colesterol. Se forem propensos para estas crises questionem o vosso médico quanto à suspensão de algum medicamento que tomem com regularidade;

Agora duas receitas calmantes do aparelho digestivo para quando exageramos:


Num jarro com a capacidade de 750 ml colocar 3 a 4 rodelas de beringela, cortada em pedaços, 1 rodela de gengibre e algumas folhas de hortelã. Deixar repousar durante a noite. No dia seguinte coar e ir bebendo durante o dia.


Esta é uma receita da minha amiga O.:
Preparam-se e cortam-se iguais quantidades de cebola, abóbora, couve lombarda e cenoura.
Colocam-se num tacho, cobrem-se com água e leva-se a ferver em lume forte durante 3 minutos e, de seguida, deixa-se cozinhar 20 minutos em lume brando.
Coa-se, deixa-se arrefecer e bebe-se morno ou à temperatura ambiente até 3 chávenas por dia.
Pode ser guardado no frigorífico, em recipiente de vidro, durante 2 dias.

24 de novembro de 2015

Quadrados de maçã da Dorie Greenspan em "Quinze Dias com ..."



Quem passa por aqui já se deparou com inúmeras receitas da Dorie Greenspan, pelas minhas participações no grupo "Dorie às Sextas". Desta vez é pela mão do "Quinze Dias com ..." que ela aparece novamente por aqui. 

A maioria das receitas que experimentei desta chef são deliciosas e fazem sempre um brilharete quando as sirvo. O único senão que lhe encontro é que quase sempre as quantidades de manteiga e açúcar que contém são absolutamente pecaminosas, mas tenho conseguido reduzir as quantidades sem perder o essencial da receita. 

Por um feliz acaso estive para fazer esta receita, que até é bem comedida no açúcar e na manteiga, há duas semanas atrás, antes de saber quem seria a chef desta quinzena. Por esse mesmo feliz acaso não a fiz, mas quando vi quem era a nossa convidada nem hesitei em escolher o doce de fim-de-semana. Por um outro acaso, desta vez menos feliz (ai vesícula!), foi-me interdito prová-la, mas quem a provou (e comeu toda.....) achou-a ... aprovadissima!

E foi assim que a Susana, mentora do grupo, apresentou a convidada:
"...é uma das melhores pasteleiras do mundo. Americana de origem, o seu coração divide-se entre Paris e Nova Iorque, cidades onde vive e trabalha. No que a aventuras culinárias toca foi já parceira dos grandes Julia Child e Pierre Hermé. É raro uma receita sua não funcionar e não ser absolutamente deliciosa, o que lhe valeu já um número significativo de prémios. Quem folheia um dos seus livros dificilmente não sente a urgência de ir para a cozinha experimentar uma daquelas receitas. Uma coisa é certa: não irão arrepender-se."




(Vejam o video aqui ou a descrição da receita aqui)
Ingredientes:
Manteiga para untar
3 maçãs médias sumarentas (usei Fuji)
1/2 chávena de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
2 ovos
1/3 de chávena de açucar
1 pitada de sal
2 colheres de chá de extrato de baunilha
6 colheres de sopa de leite
2 colheres de sopa de manteiga sem sal, derretida e à temperatura ambiente
Geleia para barrar (opcional - usei geleia de abrunho)
Açúcar em pó para polvilhar (opcional)

Preparação:
Pré-aqueça o forno a 200º.
Unte uma forma quadrada com 20x20 cm com manteiga e forre com papel vegetal.
Descasque as maçãs e fatie muito finamente, mas sem que fiquem fatias transparentes. Use uma mandolina, se tiver.
Numa taça misture a farinha e o fermento.
Noutra taça bata os ovos com o açúcar e o sal, durante alguns minutos, até o açúcar se dissolver e a mistura ficar esbranquiçada.
Junte o extrato de baunilha, de seguida o leite e depois a manteiga derretida.
Acrescente a farinha e envolva até obter uma mistura macia.
Com uma espátula, envolva as maçãs na mistura até todas as fatias estarem cobertas pela massa.
Transfira a massa para a forma e alise o topo com a espátula.
Leve ao forno por 40 a 50 minutos ou até o bolo estar dourado. 
Verifique se está cozido espetando a ponta de uma faca ou um palito no centro, se sair seco estará pronto o bolo.
Deixe a forma arrefecer sobre uma rede durante uns minutos, de seguida desenforme e deixe arrefecer completamente.
Barre com geleia derretida, corte em quadrados e polvilhe com açúcar em pó.

16 de novembro de 2015

São caracóis, são caracolitos .....



Não me canso de repetir esta receita e como gostamos imenso de bolos de maçã, quando toca a caracóis doces, a maçã acaba por ser o recheio de eleição, mas agora que o Natal está a chegar já os imagino cheios de frutos secos ou chila, para quem gostar, ou ambos.
Desta vez, como tinha um iogurte de coco já a chegar ao fim do prazo de validade, usei-o substituindo parte do leite e os caracóis ficaram ainda mais fofos e ao recheio acrescentei, depois de frio, um punhado de passas e 1/2 chávena de mirtilos congelados. Ficaram divinais, perfeitos para uma tarde de Outono e para levar na marmita também.



Ingredientes:
Massa:
500 gr. de farinha T65
1/2 colher de chá de sal
125 ml de iogurte de coco
50 ml de leite
2 ovos, batidos
2 colheres de sopa de manteiga, amolecida à temperatura ambiente
50 gr. de açúcar
1 e 1/4 de colher de chá de Fermipan
Recheio
400 gr. de maçã, descaroçadas, descascadas e cortadas em quartos
50 gr. de açúcar
2 colheres de sopa de água
1 colher de sopa de sumo de limão
um punhado de passas
1/2 chávena de mirtilos, frescos ou congelados

Preparação:
Coloque os ingredientes da massa na cuba da máquina do pão, pela ordem indicada no manual e escolha o programa "massa".
Prepare o recheio:
Num tacho coloque as maçãs, o açúcar, a água e o sumo de limão, deixe levantar fervura em lume médio e cozinhar por cerca de 5 minutos.
Reduza o lume e deixe cozinhar até a maçã amaciar, mas sem se desfazer. Reserve.
Quando a máquina terminar o programa, transfira a massa para uma superficie enfarinhada e estenda um rectangulo com 38cm/30cm.
Misture no recheio frio as passas e os mirtilos.
Barre a massa com o recheio deixando livre um rebordo com cerca de 2 cm nas laterais e no lado oposto a si e enrole, começando pelo lado mais perto de si.
Corte a massa em doze fatias e disponha, com o lado cortado voltado para cima, num tabuleiro untado, em três filas de 4 caracóis.
Cubra com película aderente, sem apertar, e deixe levedar num local morno, durante 30 minutos ou até os caracóis quase dobrarem de volume.
Retire a película  e leve a assar em forno pré-aquecido a 200º, durante cerca de 20 minutos ou até os caracóis estarem dourados e, batendo no do centro, o som soar oco.
Deixe arrefecer um pouco e deseforme sobre uma grade.
Se quiser pincele com uma calda de leite e açúcar e polvilhe com açúcar em pó.

13 de novembro de 2015

O tal licor




Este, que acabou por ficar muito mais que 44 dias em descanso (também poderia esperar 444 dias, segundo Niki Segnit) à espera que me dedicasse a ele. Primeiro foi a espera pela compra do frasco, que acabou por ser quase um souvenir de férias, comprado na loja da Fábrica dos Irmãos Stephens, no nosso regresso de férias. Depois foi a espera pela oportunidade, por uma tarde de fim-de-semana mais calma, sem grandes afazeres, num dia já quase a conseguir  regressar ao estádio de descanso que o fim-de-semana pede e que parecia ter perdido por completo nos últimos tempos.

Então finalmente fui buscar  o frasco ao seu recanto num armário escuro. Tirei a laranja e espremi o sumo juntando-o ao licor e descartando todos os grãos de café. Coei por um passador fino coberto com um pano de musselina, provei e dei a provar. Pareceu-nos ainda muito presente o sabor da aguardente. Fiz, então uma calda com partes iguais de água e açúcar (300gr., mas podem usar uma porção maior de açúcar em relação à água) que levei ao lume até levantar fervura e deixe ferver por 6 minutos. Deixei arrefecer completamente e só então a juntei ao licor, aos poucos, e provando entre cada adição, acabei por usar apenas 200 ml. Voltei a coar para a garrafa e sobrou uma pequena quantidade que o D. quis sujeitar a outra experiência, que correu bem e que fará as cenas dos próximos episódios nesta novela do licor de laranja, assim que as laranjas biológicas me voltarem a entrar pela casa dentro.


10 de novembro de 2015

Penne com molho de abóbora




A convidada desta quinzena do "Quinze dias com ...." era-me de todo desconhecida e ao pesquisar as suas receitas acabei por encontrar esta massa com molho de abóbora que me deliciou. Adaptei a receita à quantidade para um, mas é um prato que podemos fazer a mais, guardar e até congelar. tal como a Susana descreveu as suas receitas são simples e muito inspiradoras para quem não gosta ou não pode passar muito tempo na cozinha. 

"De nacionalidade norte-americana, a nossa próxima convidada vai inspira-se nos seus ascendentes sicilianos e cajun para fazer os seus pratos. Grande adepta das refeições que se preparam em menos de 30 minutos, tenta ensinar nos seus programas que a cozinha pode ser fácil, rápida e descomplicada. Iremos ter connosco… Rachel Ray."



Ingredientes (para 6):
500 gr. de penne integral (usei normal)
2 colheres de sopa azeite
3 chalotas, finamente picadas
3 a 4 dentes de alho, picados
2 chávenas de caldo de galinha*
425 gr. de puré de abóbora (1 lata) **
1/2 chávena de natas (usei creme de coco para cozinhar)
1 colher de chá de molho picante (não usei)
Noz moscada ralada na hora q.b.
2 pitadas de canela em pó
Sal e pimenta preta q.b.
7 a 8 folhas de sálvia, finamente cortadas, mais algumas para decorar
Parmesão ralado

Preparação:
Coza a massa em água temperada com sal.
Aqueça o azeite em lume médio, acrescente as chalotas e o alho e salteie por 3 minutos.
Acrescente o caldo de galinha e o puré de abóbora e misture, junte as natas e tempere com o molho picante, a canela, a noz moscada, sal e pimenta.
Reduza o lume para médio-baixo e deixe cozinhar por 5 a 6 minutos para o molho engrossar.
Junte a sálvia e polvilhe com o queijo.

* Aqui fiz batota: temperei a água de cozer a massa com um pouco de caldo de galinha e usei esta água em vez do dito caldo. Como a massa vai libertando o amido na água, este "caldo" vai ajudar a engrossar o molho.

**Usei cerca de 200 gr. de abóbora manteiga assada e temperada com azeite, sal, alho, ervas de provença e piri-piri em pó.

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