E a marmita continua a ganhar pontos, juntamente com a saúde e o paladar....e a carteira, claro!
"Empiricamente, a tendência poder-se-ía resumir em três parcelas: a comida da marmita é saudável, saborosa e barata. A socióloga Mónica Truninger, 39 anos, até aceita que haja, aqui, uma componente de «segurança quase ontológica». Mas a investigadora do Instituto de Ciências Sociais, de Lisboa, destaca outro aspeto - levar o almoço de casa para o trabalho «tornou-se numa prática atraente e respeitada». Mónica Truninger esclarece: poupar «é socialmente bem-visto», face á crise; aplica-se o conceito ambiental da reutilização, com o aproveitamento dos restos do jantar; os marmiteiros transformaram-se num « veículo de integração e interação, de criatividade na cozinha, de experimentação de novos produtos». É, aliás, muito do gosto português, assinala Mónica Truninger, este regresso à «ligação forte, afetiva, com a refeição». (sublinhado meu) in Revista Visão nº 988, pág. 78
Pois bem, depois desta interessante leitura, então como foi esta semana de marmitas:
Lanche da manhã
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Almoço
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Lanche da tarde
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Segunda-feira
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1 banana + 1 fatia de pão
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Sopa de espinafres + 1 pêra
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1 kiwi + 1 fatia de pão + 1 iogurte natural
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Terça-feira
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1 kiwi + 1 fatia de pão
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Peixe alourado + pêra bêbeda
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Iogurte natural com frutos vermelhos + 1 fatia de pão
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Quarta-feira
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1 kiwi + 1 fatia de pão
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Bacalhau gratinado + gelatina de ananás com frutos vermelhos + ½ maçã
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Iogurte natural + ½ maçã + 1 fatia de pão
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Quinta-feira
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½ maçã +1 fatia de pão
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Almoço tardio – panado no pão
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1 iogurte natural + morangos + sementes de linhaça
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Sexta-feira
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½ maçã + 2 bolachas de granola
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1 iogurte natural + 1 kiwi + 1 fatia de pão
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Segunda-feira já se sabe que é dia de sopa. É o jantar de domingo e uma maneira de curar das asneiras de fim-de-semana. Na terça-feira o jantar sobrante de segunda-feira - uma posta de marmota cozida com batata e cenoura e ovo cozido - foi alourado em azeite e alho (deu 1 dose e meia). Quarta-feira novamente o jantar de véspera: bacalhau gratinado. Estes pratos de forno são óptimos para as marmitas porque se confecionam sempre em maiores quantidades. Depois é só guardar e levar no dia seguinte. Quinta-feira foi dia de reunião que se prolongou pela hora de almoço. Como não tinha trazido marmita por não ter a certeza da duração da reunião, acabei por comer uma sandes de panado já á hora do lanche. Sexta-feira: recurso ao congelador com um creme de couve-flor e 2 croquetes.
Esta semana teve umas doçuras à mistura: pêra bêbeda, gelatina de ananás com frutos vermelhos e bolachas de Granola (a publicar brevemente).
8 comentários:
Também já li o artigo e achei bem interessante. É curioso como as coisas mudam, não é? Aquilo que há uns anos era considerado quase vergonhoso, agora ganhou estatuto social. Na minha escola, a moda "pegou" mesmo. Já há um número considerável de professores a levar marmita.
As tuas sugestões, sempre deliciosas :)
Beijinhos e bom fim de semana.
Ilídia
Já aderi à "marmita" há alguns anos. Lembro-me que no inicio, quase ninguém levava a lancheira para o trabalho e até era mal visto por alguns. Quem anda de metro já deve ter reparado nessa diferença. Agora a maioria traz as suas refeições de casa e deixou de haver pudor nisso.
Pessoalmente só vejo benefícios em aderir à "marmita" e por cá vamos dar continuidade a esse projecto.
Beijinhos*
Desde de Setembro que levo marmita para a Universidade todos os dias. E se no início era só eu e o meu namorado agora já anda à volta dos 50% (entre as pessoas que levam marmita e as que compram comida no bar). Poupa-se e a comida tem muito melhor qualidade. O que mais se poderia pedir? Beijinhos
Também li este artigo, já que sou adepta incondicional da marmita há 9 anos. E cada vez mais me convenço que é a melhor opção. E para quem não tem tão boas condições como eu (aqui há microondas, sanduicheira, jarro eléctrico, etc.) a marmita é sempre adaptável, pois podemos sempre levar coisas que não necessitem de ser aquecidas. Comemos muito melhor, damos largas à imaginação para re-inventar as refeições, poupamos dinheiro e ainda convivemos com quem come no mesmo local que nós :)
Ilidia,
É verdade. A marmita deixou de ser um sinal de pobreza e passou a ser um sinal de consciência.
Beijinhos
Elsa,
Lembro-me dos meus primeiros tempos de marmita. Era a única num grupo de 13/14 pessoas. De vez em quando lá vinha um sorriso paternalista, mas nunca me deixei intimidar. Hoje, cada vez mais me conveço que é a melhor opção.
Beijinhos
Picarota,
Concordo. Melhor alimentação e mais barato.
Beijinhos
Ondina,
Conheço cada vez mais pessoas que aderiram á marmita. Tal como tu tenho todas as condições para trazer a marmita (aliás, criei-as eu, porque sou empregadora), mas quando as não tinha (não havia microondas, por exemplo) também já trazia a marmita. Há sempre soluções: saladas, sandes para os frios e o uso dos termos para os quentes.
Beijinhos
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