26 de outubro de 2010

Sopa de lentilhas com espinafres





Depois das saladas, reinam as sopas quentes e substanciais para nosso aconchego.


Ingredientes:
200 gr. de courgette
200 gr. de abóbora
1 cenoura
1 cebola
1 dente de alho
1/4 de chávena lentilhas
100 gr. de folhas de espinafres
Azeite q.b.
Sal q.b.
Água q.b.

Preparação:
Parta a courgete, a abóbora, a cenoura e a cebola em pedaços e deite tudo na panela de pressão. Acrescente o alho esmagado e as lentilhas. Cubra com água e tempere de sal.
Feche a panela e leve ao lume, contando 20 minutos após o soar da "bailarina".
Entretanto coza os espinafres. Reserve.
Desligue, abra a panela e reduza os legumes a puré.
Quando uso lentilhas ou outros ingredientes com casca ou muito fibrosos, passo sempre o puré pelo menos 2 vezes, pelo passador chinês.
Acrescente água se necessário e rectifique o sal.
Junte os espinafres, leve de novo ao lume.
Começando a ferver acrescente um fio de azeite e desligue.

22 de outubro de 2010

Bilhete Postal - A Tasquinha do Fumo


Hoje uma sugestão de passeio e de bem comer a quem for para os lados de Baião: "A Tasquinha do Fumo".
Engana-se quem pensa que vai encontrar (pelo menos para já) um restaurante no verdadeiro sentido da palavra. Não, o que vão encontrar é, em plena serra da Aboboreira, uma casa de portas abertas a quem vier com bom apetite, o que não é difícil de ter com os ares sadios da serra. Chegamos lá de improviso por recomendação de quem já conhece a Tasquinha, mas não é má ideia ligar antes, uma vez que é frequente a casa encher com pequenos grupos.
A casa, situada numa povoação pequena, tem no rés-do-chão uma tasca de balcão corrido onde os anteriores proprietários serviam petiscos a caminheiros e caçadores e aos devotos de S. Brás que lhe dão graças nas festas que correm na primeira semana de Fevereiro. Falecidos os donos da "tasca" o Sr. Artur e a D. Isabel tomaram-lhe as rédeas e abriram a sala de jantar da casa, no andar de cima, a todos que quisessem mais que uns petiscos. Mesas e bancos corridos com toalhas ao xadrez, fazem as honras, numa sala de soalho velho e paredes caiadas, decorada ainda com móveis deixados pelos seus donos. A cozinha, à qual se acede apenas pelo exterior, guarda um forno a lenha de onde saem pratos suculentos, depois de a lenha arder por duas horas  para que o forno atinja a temperatura necessária para cumprir a sua função. Desta cozinha e dos dias frios enevoados pelo fumo da lareira, mas a que todos acorriam pelo aconchego do calor, nasceu o nome da tasquinha: "Tasquinha do Fumo".
Quando chegamos, sem aviso prévio, a casa estava vazia, mas aguardava um grupo, o que não foi problema algum, porque sempre se arranjava qualquer coisa. Demos um passeio pela aldeia - Almofrela - para esticar as pernas e respirar o ar do campo. Ao longe os sinos do gado faziam-se ouvir e nisto lá vem um rebanho de cabras, certinhas pelo caminho, a mando da sua pastora. Malandrecas, iam petiscando umas couves pelos campos à beira do caminho, sem pena de derrubarem a rede que os cercava.
A fome já apertava e o Sr. Artur e a D. Isabel, simpatiquíssimos e atentos anfitriões, já tinham na mesa, à nossa espera, pão como se quer e saborosíssimas fatias de presunto, a que se juntaram umas pataniscas de bacalhau quentinhas e cebola rachada (cebola aberta em quatro quase até ao fundo, temperada de sal e vinagre de vinho tinto). Uma vez que tínhamos chegado sem avisar, o Sr. Artur ía improvisar uma vitela com batata a murro, mas como o grupo chegou mais pequeno que o previsto, acabamos por comer uma galinha do campo assada, macia e suculenta, com arroz de forno. Um tinto da casa fez as honras à refeição e para uma sobremesa uma pêra bêbada como deve ser. Se por lá quiserem passar mas reservar antes fiquem a saber que são também famosos por aquelas bandas o arroz de cabidela e o anho no forno. Por mim, lá voltarei...    

P.S. Para lá chegar procurem pelo Centro Hípico de Baião e sigam essa estrada serrania. Vão passar por uma pequena povoação deserta e a seguinte é Almofrela. A Tasquinha fica logo à entrada, na primeira casa e tem estacionamento. De qualquer forma, podem procurar no Google por Almofrela, Baião. 

21 de outubro de 2010

Bolo de iogurte e maçã


- Andava com vontade de utilizar umas maçãs que começavam a enfezar na fruteira sem ninguém lhes dar uso.
- Andava com vontade de experimentar uma dica que vi no livro "Receitas para viver melhor lidando com o Colesterol", que indicava um substituto para os ovos na confecção de bolos:  reduz-se o o número de ovos de uma receita para apenas 2 ovos e substituindo cada um dos restantes por: 1 colher de sopa de leite + 1/2 colher de sopa de sumo de limão+1/2 colher de sopa de bicarbonato de sódio.
- Andava com vontade de experimentar um bolo na MFP.
Então:
- Porque não um bolo de maçã?
- Então se vou fazer um bolo, porque não experimentar esta dica?
- Os programas da minha MFP (da Taurus, passando a publicidade) não coincidiam com os que normalmente são indicados nas receitas. Achei que era capaz de sair uma grande bodegada, por isso, já que tinha o forno ligado, era melhor o método tradicional. Depois estudo esta questão dos programas.

Lancei mãos à obra. O resultado foi um bolo bem húmido, com uma deliciosa capa caramelizada e apesar de o bolo de maçã fazer lembrar os dias pequenos e frescos do Outono, este sabe muito melhor se for servido bem frio.

Ingredientes:
2 ovos
1 iogurte
2 copos (medidos pelo de iogurte) de açúcar + 2 a 3 colheres de sopa
2 copos (medidos pelo de iogurte) de farinha
2 maçãs
1 colher de sopa de fermento
2 colheres de sopa de leite
1 colher de sumo de limão
1 colher de bicarbonato de sódio
Calda para humedecer

Preparação:
Numa taça pequena comece por deitar o leite, acrescente o sumo de limão e misture o bicarbonato. Deixe repousar. 
Descasque as maçãs e pique uma delas, partindo a outra em fatias finas. Reserve (regue com sumo de limão para não oxidarem).
Numa taça grande misture bem os ovos, a maçã picada, o açúcar, a farinha, o substituto dos ovos e o fermento.
Distribua a maçã fatiada pelo fundo de uma forma e polvilhe com açúcar. Verta a massa do bolo e leve a forno pré-aquecido. Normalmente pré-aqueço a 180º, diminuindo para 170º ao fim de 20 minutos. Neste caso, e porque no forno estava já uma quiche a assar, arrisquei a iniciar nos 200º por 20 minutos e diminui para os 180º, deixando cozer por mais 15 minutos. O bolo ficou com uma cor mais tostada que o habitual, mas não queimado, nem seco.
Regue com 1/2 chávena de calda de açúcar leve ou de geleia de fruta dissolvida em água quente.
Deixe arrefecer e leve ao frigorífico para ficar bem fresco antes de servir.

Para cozer o bolo usei uma forma de silicone e cheguei à conclusão que estas formas, tão práticas, estão proibidas cá em casa: estava ainda o bolo no forno e já se perguntava insistentemente o que é que cheirava tão bem. Saído do forno não adiantou explicar que era necessário que o bolo arrefecesse completamente para desenformar. A pressão foi tanta que acabei por tentar desenformar o bolo quente. O resultado já se imagina, uma parte do bolo ficou agarrada na forma, mas lá consegui reconstitui-lo e servir uma tão almejada fatia. O que vêm na foto é a parte do bolo que não sofreu danos.O resultado foi um bolo bastante húmido, embora com a massa mais densa e eu goste mesmo é daqueles bolos muito leves, mas lá diz o ditado que "o que é doce nunca amargou".

20 de outubro de 2010

Quiche de cogumelos, tomate e cebola com iogurte e leitelho



Mais uma quiche para me acompanhar em almoços e jantares improvisados, em que não apetece cozinhar ou não há tempo para tal. Uma fatia de quiche mais uma sopa ou uma salada e uma peça de fruta e está a refeição feita. Esta tem a particularidade de ter substituído as natas por iogurte e 2 ovos por uma mistura de leite+sumo de limão+bicarbonato de sódio, reduzindo, assim, calorias e gorduras/colesterol.


Ingredientes:
1 embalagem de massa quebrada pronta
200 gr de cogumelos
1 tomate
1 cebola
2 pimentos pequenos
2 ovos
2 iogurtes
2 colheres de sopa de leite
1 colher de sopa de sumo de limão
1 colher de sopa de bicarbonato
200 gr de queijo ralado
Azeite q.b.

Preparação:
Misture 2 colheres de leite, com 1 de sumo de limão e 1 de bicarbonato de sódio. Reserve.
Corte a cebola, o pimento e o tomate às rodelas.
Numa frigideira quente salteie, em azeite, a cebola, tendo o cuidado de deixar alguns anéis inteiros. Assim que começar a amolecer retire alguns desses anéis que ficaram inteiros e reserve. Junte à restante cebola os cogumelos e salteie por mais 5 minutos.
Numa taça misture os ovos inteiros, os iogurtes, o substituo dos ovos e mexa bem. Tempere a gosto.
Junte a mistura de cogumelos e cebola e envolva.
Forre uma tarteira com a massa e despeje o recheio. Por cima distribua o tomate, o pimento e os anéis de cebola que reservou.
Leve a forno pré-aquecido a 180º, por 30 a 40 minutos.
Faça o teste do palito para ver  está pronta.

19 de outubro de 2010

Manteiga de Camarão


É um petisco simples para servir com tostas como aperitivo. Esta manteiga surgiu da necessidade de gastar um resto de miolo de camarão que tinha no congelador, mas se utilizar camarão fresco ficará muito mais saboroso.

Ingredientes:
30 gr. de manteiga sem sal
4 camarões médios cozidos e sem casca + 3 para decorar
Salsa q.b.
Sal q.b.
1 colher de café de mostarda
1 colher de chá de massa de pimentão
2 gotas de piri-piri ou outro molho picante a gosto
1 dente de alho
1 colher de chá de Dry Gin

Preparação:
Pique finamente os camarões, o dente de alho e a salsa.
Numa tigela, misture todos os ingredientes utilizando um garfo, amassando até ter uma pasta homogénea.
Rectifique os temperos.
Transfira para um ramequin e leve ao frigorífico, retirando 10 minutos antes de servir.
Enfeite com os camarões que reservou.

18 de outubro de 2010

9 coisas sobre mim

Aceitando o desafio da Mariana aqui vão 9 coisas sobre mim:

1 - Uma que vocês já sabem: gosto de cozinhar e, consequentemente, perco-me por objectos e utensílios de cozinha. 

2 - O meu alimento preferido é o pão, como-o a qualquer hora do dia e não tem que ter qualquer recheio. Petisco-o assim que chego a casa e gosto de terminar as refeições com um pedacinho de pão.

3 - Adoro viajar, cá dentro ou lá fora, conhecer outros sítios, cantos e recantos, outros sabores (claro), outros hábitos e outras gentes.

4 - Gosto de aeroportos e estações de comboio (porque será?). Gosto de partir e gosto muito de regressar porque:

5 - Gosto da minha casa.

6 - Paisagem preferida: mar.

7 - Praia aos Domingos? Não, obrigada.

8 - Abomino falta de civismo e falta de educação, arrogância, falsidade, chico-espertice e bisbilhotice.

9 - Alguns ditos populares a que tiro o chapéu: "Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje" e "Nas costas dos outros vemos nós as nossas".

Passo este desafio a todos os blogueiros/as que lhe queiram lançar mão e revelar um bocadinho sobre si.

AC - salada morna de arroz e brócolos com tofu em marinada de molho de soja


Esta salada morna aproveita sobras de arroz e brócolos de uma refeição anterior a que se acrescenta o tofu previamente marinado em molho de soja.

Ingredientes:
1 barra de tofu
2 colheres de sopa de molho de soja
1 colher de café de molho inglês
1 colher de café de mel
Salva q.b.
Brócolos cozidos al dente q.b.
1 tomate pequeno
2 colheres de sopa de arroz cozido
Azeite q.b.

Preparação:
Corte o tofu em quadrados.
faça uma marinada com o molho de soja, o molho inglês, o mel, a salva e uma colher de sopa de azeite.
Despejo sobre o tofu e deixe marinar durante 30 minutos.
Retire as sementes ao tomate e corte em cubos pequenos.
Numa frigideira deite uma colher de sopa de azeite, aqueça e salteie o tofu (juntamente com a marinada) e o tomate.
Vá virando o tofu para ficar dourado de todos os lados.
Quando pronto, junte os brócolos e o arroz, misture e desligue.

16 de outubro de 2010

Mesa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão


Era com este mote que a minha avó sempre me repreendia quando me esquecia de por o pão na mesa. Na altura não compreendia muito bem a razão de tal alarido, até porque na mesa havia muito mais que comer, mas não teria sido assim na infância dela e, então, a falta de pão, o alimento mais básico e mais barato, era sinónimo de pobreza extrema. 
Essa massa de farinha, água e levedura, faz parte da alimentação da humanidade há milénios e era até utilizado pelos egípcios como forma de pagamento pelo trabalho. Nas nossas aldeias de antanho (e também de hoje, que felizmente há tradições que nunca morrem) o pão cozido no forno de lenha, muitas vezes no forno comunitário, aquecia o coração de qualquer alma transida do frio rigoroso do Inverno. 
Hoje, depois de atravessar o mundo e a história, em constante evolução, o pão apresenta-se nas nossas mesas sob as mais variadas formas e sabores. É para a grande maioria das pessoas o primeiro alimento do dia: simples ou mais ou menos recheado (manteiga, fiambre, queijo, compota), a frio ou a quente, dá-nos as primeiras energias para enfrentar o dia. Quantas vezes nos volta a fazer companhia numa sandes para uma refeição rápida em dia de trabalho ou de preguiça, ou é mesmo a refeição numa bela açorda ou numa deliciosas migas. Por mim gosto de pão e ponto final. Gosto de perdição. Nem preciso de o rechear, gosto dele mesmo assim: simples. De trigo, integral, de centeio (o meu preferido), de sementes, d`avó, regueifa, carcaça ou molete, não interessa. Gosto de pão. Em miúda adorava a crosta dura da broa de milho e o miolo do pão branco e de molhar o pão com manteiga no café de borra que se fazia para o lanche. Já mais crescida, e por motivos profissionais, desloquei-me para Montalegre durante uns meses. Lá encontrei o melhor pão de centeio que alguma vez comi. À sexta-feira, antes de regressar a casa, passava na padaria, comprava um pão e trazia-o no assento do passageiro. Que rica companhia. Quando o trânsito parava beliscava o pão com gulodice e não havia stress que me batesse à porta. Hoje termino sempre a refeição com uma bucha de pão e se há coisa que me dá prazer é fazer o pão em casa, retirá-lo do forno ou da MFP e parti-lo ainda quente. 
Por gostar tanto de pão, vou juntar-me à iniciativa que o blogue 1x Umrühren Bitte lançou  e comemorar o World Bread Day 2010 com uma bela fatia de um pão feito na minha MFP.  

Pão Básico na MFP
Ingredientes:
3/4 do copo (de medida da M) + 2 colheres de água morna 
1 e1/2 colher pequena de açúcar
1 colher pequena de sal
1 colher de azeite
3 copos de farinha de trigo
1 e1/2 colher de fermento

Preparação:
Deitar os ingredientes na cuba da MFP pela ordem indicada. Escolher o peso (500 gr.) e o nível de tostagem e iniciar o programa de pão básico. A MFP vai trabalhar por 2h50m até podermos apresentar este pão na mesa.


14 de outubro de 2010

Doce de Pêssego aromatizado com Gengibre e Tomilho


Desde que fiz o pudim de pêssego com tomilho e gengibre que aquela combinação de sabores me ficou na memória, pela doçura e frescura que dela resultou. Agora que o Outono está aqui a pedir sabores mais mornos e consistentes, resolvi recriar a mesma combinação numa compota que tão bem vai acompanhar uns scones acabados de fazer e uma chávena de chá a fumegar numa tarde chuvosa.  E porque o "Eu Mulher" está a promover mais um  Alquimia de Ingredientes em que o gengibre é um dos escolhidos, participo na ronda  com este doce.

Ingredientes (para um frasco pequeno):
400 gr. de pêssego descaroçado e descascado
200 gr. de açúcar
1 colher de café rasa de gengibre ralado
2 hastes de tomilho

Preparação:
Corte o pêssego em pedaços pequenos e coloque num recipiente próprio para o micro-ondas.
Junte o açúcar, o gengibre e o tomilho e envolva.
Leve ao micro-ondas, em potência máxima, por 5 minutos. Findo esse tempo, mexa, para envolver a fruta e o açúcar. Volte a programar 5 minutos na potência máxima.
Findo esse tempo verifique a consistência do doce. No meu micro-ondas foi o tempo necessário, ora vejam:

Caso não esteja no ponto desejado programe mais 3 minutos de cada vez até atingir o ponto, tendo cuidado para não ficar com consistência de marmelada. Triture com a varinha mágica (ou não) e guarde num frasco esterilizado.


13 de outubro de 2010

Delicias e talentos - Oferta

Aqui está mais uma leitura culinária bem interessante, oferta do blogue "Delicias e Talentos" no sorteio efectuado entre as participantes no passatempo "Delicia Geladas". Já lá tenho marcadas umas delicias para testar.


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